sábado, 29 de setembro de 2012

HOJE É O DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO




Este sábado, 29 de setembro, é marcado como o Dia Mundial do Coração. E, entre outras coisas, como a genética, o principal motivo que faz os índices de doenças do coração subir são os hábitos nada saudáveis de jovens, adultos e idosos no Brasil. Por isso, os hospitais estão cheios de pacientes com diversos  problemas cardiovasculares, entre eles o infarto, angina, obstrução das artérias coronárias, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e, o mais comum, hipertensão arterial.

Quais as causas 
“Algumas doenças cardiovasculares, como a hipertensão, por exemplo, não têm, na maioria dos casos, um motivo único para o seu desenvolvimento. O conhecimento atual sobre as causas das doenças cardiovasculares aponta para uma combinação de predisposição genética, idade e estilo de vida - alimentação e atividade física, por exemplo”, contou ao Terra o cardiologista Dr. Abel Magalhães, do Vita Check-up Center.
“No geral, estas doenças não têm cura, têm controle. E isso é feito tendo alguns cuidados. Sempre é válido mudar os hábitos e se cuidar para diminuir os riscos”, informou o Dr. Guilherme de Menezes Succi, especialista em cirurgia cardiovascular com doutorado pela USP.
No entanto, apesar de ser comprovado que a prevenção é o principal fator de sucesso contra as doenças cardiovasculares, o Brasil ainda não tem grandes resultados neste aspecto. “Percebe-se que o Brasil ainda não possui uma cultura muito amadurecida de diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida (como preconizado através de check-ups médicos periódicos), ao contrário de países com mais tradição em medicina preventiva”, disse o Dr. Abel Magalhães.
Como prevenir
Por isso, eliminar os fatores de risco que desencadeiam as doenças é o melhor método para retardar as doenças o máximo possível. Além de exercícios físicos regulares ao menos três vezes na semana, a alimentação é a chave para o sucesso, nestes casos. “A orientação alimentar é feita para prevenir os fatores de risco, como pressão alta, colesterol, excesso de peso, entre outros”, explicou a nutricionista do Hospital do Coração (HCor), Camila Gracia.
Além da alimentação e exercício físico, outros fatores também são importantes. “Evitar se alimentar em grandes quantidades, eliminar o tabagismo, reduzir e controlar o estresse, procurando uma condição de vida mais tranquila e mais feliz, por mais difícil que seja, são formas de minimizar os riscos cardiovasculares”, informou também o Dr. Guilherme Succi.
Consuma alimentos que ajudam a proteger o coração
Por isso, o objetivo é buscar alimentos saudáveis que ajudam a proteger o coração, como  castanhas em geral, que possuem substâncias antioxidantes - um tipo de gordura boa que diminui as inflamações. Tomar álcool em pequenas quantidades, principalmente o vinho, que, segundo o Dr. Guilherme Succi, tem subtâncias flavonoides, que têm um efeito cardio protetor, também é um bom hábito. O ideal é uma taça de vinho por dia.
O cacau também tem efeito oxidante. Mas é preciso ficar atento com o chocolate ideal que é aquele com mais de 70% de teor de cacau. “Quem consome chocolates convencionais acaba trocando os benefícios do cacau pelos malefícios do alto teor da gordura”, explica o cardiologista.
As fontes de fibras, como verduras, legumes, frutas e cereais integrais também devem ser priorizados e ajudam tanto na redução da absorção de gorduras, além de controlar o colesterol, promovendo um funcionamento mais adequado do intestino evitando a retenção de toxinas. Mas os diabéticos devem prestar atenção ao consumo de frutas que, apesar de saudáveis, são bastante calóricas.
Alimentos a serem evitados
Para controlar os fatores de risco, como o colesterol, o ideal é trocar as gorduras que não são tão saudáveis por gorduras saudáveis. Tente diminuir o consumo de gordura saturada, como picanha, costela, cupim e todos os embutidos, como presunto, salame e bacon. Alimentos processados como creme de leite, molhos, cremes, recheios e coberturas também devem estar na mesa somente esporadicamente.
A nutricionista Camila Gracia alerta também para o controle do uso de sal. “O ideal é usar o mínimo de sal possível e optar por alternativas, como pimenta, alho, cebola e ervas em geral”.
Carne branca é sempre melhor que a vermelha?
Apesar do senso comum de que carne vermelha é sempre pior que a branca, o Dr. Guilherme Succi esclarece que o critério para avaliar a qualidade do produto é, na verdade, a quantidade de gordura.  “Não interessa a cor da carne. Um peixe de água doce, por exemplo, é extremamente gorduroso e uma coxa de frango com pele também tem mais colesterol que qualquer picanha”.
Ele alerta ainda que a gordura visível que tem nas carnes deve ser sempre retirada, pois é muito prejudicial.
Como cuidar da alimentação de quem foi diagnosticado com uma doença cardiovascular
Uma pessoa diagnosticada com alguma doença cardiovascular deve priorizar uma alimentação rica em verduras e legumes, com maior frequência de peixes, aves sem pele e evitar frituras. “Optar por alimentos mais grelhados, assados, ensopados e cozidos é a melhor opção”, esclarece a nutricionista do HCor.


Ela esclarece ainda sobre o modo de preparo das refeições e afirma que usar o óleo de soja em quantidade moderada para fazer a comida já é um começo. Trocar outros temperos pelo azeite na salada também é uma opção viável e mais saudável.  “No fundo as pessoas sabem o que têm que comer, mas no dia a dia, fazem escolhas erradas”, concluiu a nutricionista Camila Gracia



 Fonte:


http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/dia-mundial-do-coracao-faca-escolhas-saudaveis-e-previna-doencas,826f34291fe0a310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html



 

ATIVIDADES UACURY


  Entrevista com Dona Nana - Histórias da comunidade, da construção da escola....
 Uma das estratégias para a a área de Educação Patrimonial do Programa Mais Educação

 




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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA CRIANÇA E ADOLESCENTE



 Reportagem da Folha de São Paulo aborda a 

importância da atividade física infantil. A fase mais

 importante do desenvolvimento global da criança.



“Estamos criando analfabetos motores”, afirma educador físico.
 


IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO




Crianças brasileiras das classes média e alta estão mal preparadas para o esporte e sem vontade de se exercitar. E pais e escolas não ajudam, segundo Luiz Roberto Rigolin, autor de "Desempenho Esportivo: Treinamento com Crianças e Adolescentes" (Phorte, 631 págs., R$ 89).
Doutor em educação física com pós-doutorado em filosofia pela USP, Rigolin, 43, se dedica à formação de atletas e se preocupa com o desenvolvimento das habilidades físicas na infância. Aqui, ele fala das dificuldades atuais da educação motora.
*
Folha - Nunca se falou tanto de atividade física, mas as crianças estão cada vez mais sedentárias. O que acontece?
Luiz Roberto Rigolin - A prática de exercícios resulta do desenvolvimento motor, processo que começa desde que a criança nasce. Ela precisa experimentar todas as possibilidades de movimento para desenvolver habilidades físicas. Hoje tem menos oportunidade de fazer isso. Estamos criando uma geração de analfabetos motores.
Como chegamos a isso?
Começa pela reclusão urbana. A grande preocupação dos pais é com a segurança. Têm medo de soltar o bebê, ele pode se machucar. Quando o filho começa a crescer, não pode brincar na rua, por causa do risco de assalto...
O outro elemento é a tecnologia. Com os brinquedos tecnológicos a criança desenvolve várias habilidades cognitivas, sem dúvida, mas muito pouco da parte motora.
E as escolas também não querem ter problemas com pais preocupados em proteger os filhos, então dão poucas opções para a criança experimentar seu corpo de forma mais solta, quando o risco de se machucar é maior.
Nesse caso, não adianta pagar uma escola cara, com a ideia de dar mais oportunidades para o filho se desenvolver?
Pode ser até pior. A inteligência motora está na periferia, onde as crianças não são superprotegidas como as de classes média e alta e por isso têm chance de experimentar os movimentos de forma mais livre. Também têm menos acesso a brinquedos tecnológicos, então têm que encontrar outras formas de brincar: soltar pipa, jogar taco. Por isso a maioria dos atletas de esportes complexos não vem das classes A e B.
A educação motora inclui esfolar o joelho às vezes?
Sim, isso é fundamental, mas também é natural o adulto querer ajudar a criança para que ela não se machuque.
Como os pais podem ajudar?
Com bebês, eles precisam estruturar a casa para deixar a criança subir no sofá, empurrar e puxar objetos etc. E precisa ter alguém acompanhando. Se é o pai, a mãe ou a babá que vai fazer isso, não importa, o que interessa é que a criança tenha oportunidade de experimentar.
Depois, dos três aos sete anos, os pais podem fazer com que a criança adquira o gosto pela atividade física. Isso não é feito só em casa, inclui a escola, o parque, a rua.
E as atividades dirigidas, como as escolas de esportes?
Muitos pais e mães acham que vão incentivar a atividade física colocando o filho na natação, na escolinha de futebol. Mas às vezes o que a criança quer é andar de bicicleta ou de skate. A grande colaboração que os pais podem dar é mostrar as alternativas de atividades para o filho descobrir o seu caminho.
Se a criança mostra talento em alguma modalidade, como os pais podem estimular?
Isso é um problema porque, a partir do momento em que o filho passa a praticar um esporte, os pais já querem que ganhe medalhas.
Começa a pressão por desempenho, que vem também do técnico, do diretor do clube. Imagine como a criança fica nessa história de precisar atender as expectativas de todas essas pessoas.
É possível recuperar habilidades motoras que não foram desenvolvidas na infância?
Dá para melhorar, mas nunca vai ser a mesma coisa. E os pais e os professores têm que estar preparados para ensinar essa criança mais lentamente e sem forçá-la a fazer atividades que estão fora de suas possibilidades.

Nota do Diretor da EE Prof. Uacury: A escola aparece como instituição de fundamental importância, de acordo com as faixas que a mesma oferece. É na escola que grande parte dos alunos se interessam por determinadas atividades esportivas, têm  a oportunidade, única às vezes, de vivenciar jogos, brincadeiras e situações de cooperação, autoestima e responsabilidade; além de ser a na maioria das vezes a disciplina preferida dos alunos, que podem sair da "rotina de sala", movimentar, aprender brincando, dentro de um contexto que interage com as autras matérias...