domingo, 30 de outubro de 2016

A FORMAÇÃO DOCENTE DISCUTIDA MAIS UM POUCO

Abaixo matéria do jornal estadão, Caderno Opinião, acesso em 30.10.2016.
Ótima reflexão quando discutimos a profissão docente.
EDUCAÇÃO PARA LANCAR FOGUETES
Confiamos ao professor grande parte do que é e será o Brasil. Por isso devemos apoiá-lo

Você terá de contratar e liderar um time com uma missão bem difícil: lançar um foguete tripulado com destino a Marte. Que tipo de profissionais você vai buscar para cumprir essa tarefa? Certamente, pessoas com excelente formação e domínio dos conhecimentos necessários à sua função, capazes de resolver problemas complexos e inesperados, que saibam trabalhar em equipe, desenvolvam estratégias para lidar com diferentes situações – pessoas criativas, inovadoras.
Afinal, chegar a um mundo tão distante não é nada trivial.
Sabe o que mais não é trivial? Lançar 25 foguetes por ano. Às vezes, até mais. E sabe que profissionais fazem isso? Os professores. Cada aluno traz desafios a um professor como os do lançamento de um foguete. Cada um deles tem o próprio sistema de propulsão, tem uma condição inicial, diferentes combustíveis, diferentes trajetórias e projetos de vida. Eles têm muitos mundos a alcançar.
O cérebro humano é muito mais complexo (e interessante) que um motor de foguete. Os mecanismos cerebrais de uma criança, a forma como ela pensa, compreende, aprende, reage, se desenvolve, produz, analisa, reedita – tudo isso compõe uma ciência que precisa ser conhecida por todos os professores preparados para garantir que cada aluno aprenda tudo a que tem direito e muito mais. Ensinar também é uma ciência nada trivial.
Apesar disso, continuamos a ouvir dizer que ser bom professor é um dom. Ao longo da História o professor tem sido representado pela sociedade brasileira como um abnegado: primeiro, como um sacerdote – marca deixada pelos jesuítas –, depois, como uma tia, mulher de espírito maternal que dedicava seu tempo a cuidar de crianças e adolescentes. E se ensinar é um dom, a formação na ciência do ensinar não precisaria ser levada muito a sério: afinal, basta saber o conteúdo que será ensinado e... ora, ensinar.
Nada mais incorreto!
Infelizmente, a história da formação de professores mostra que, com poucas exceções, desde que se tornou o lócus da formação docente, a universidade seguiu o modelo de preparar para o domínio específico dos conteúdos da área de conhecimento que o professor vai lecionar, em detrimento da formação pedagógico-didática. Embora haja um crescente entendimento de que a formação de professores requer um efetivo preparo pedagógico-didático, ainda é muito forte a depreciação desse aspecto, que se refere a como a criança aprende e à forma de ensinar.
Comumente ouvimos que há excesso de teoria e falta prática. Não é bem isso. O fato é que a teoria, muito necessária, precisa estar atrelada à prática, de modo que uma dialogue com a outra.
Estamos falando em formação do profissional professor, duas palavras com a mesma origem etimológica. Estamos, portanto, falando não apenas do professor por vocação, mas do professor profissional, competente, preparado e valorizado.
Essa separação entre os conteúdos que precisam ser ensinados e o modo de ensiná-los aparece na dualidade bacharelado e licenciatura, modalidades por vezes alocadas em duas unidades universitárias distintas – respectivamente, as faculdades específicas – como de Matemática, Letras, Geografia, Física e Educação Física – e a faculdade de Educação. Como a parte pedagógica é pouco valorizada, as licenciaturas acabam tendo muito menos prestígio no mundo universitário. Afinal, quem se está preparando para a prática do ensino acaba por produzir menos artigos acadêmicos e emplacar menos pesquisas nas publicações especializadas, algo tão valorizado pela academia e pelos incentivos governamentais.
Não há mais a menor dúvida (alguma vez houve?) de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e para um país crescer de forma sustentável e com distribuição de renda. Também há inúmeras evidências dos efeitos positivos da educação em outras áreas, como saúde, segurança, inovação, emprego e renda, entre tantas outras.
Se a educação é a base, seu pilar central são os professores. Não há educação de qualidade sem professores qualificados, valorizados, com condições ideais de trabalho. O professor é a base das demais profissões. Por sua imensa importância para cada um de nós e para o Brasil, o trabalho e os resultados desses profissionais devem ser também acompanhados, celebrados, cobrados.
Quando falamos em ter expectativas altas quanto ao aprendizado dos alunos, estamos falando também em altas expectativas acerca do trabalho dos professores. Não esperamos um favor da tia nem o toque mágico do sacerdote. Confiamos ao professor grande parte do que é e será o Brasil. Por isso devemos apoiá-lo.
No País, 61,7% dos futuros professores estão em cursos presenciais e 38,3% em cursos a distância. Em contraposição, 97,3% dos estudantes de Engenharia estão nos presenciais e 2,7% nos cursos a distância. Se, corretamente, as faculdades de Engenharia têm tanto prestígio e compreendemos que são centrais na construção do País, na inovação e no avanço tecnológico, é difícil entender e aceitar a nossa incongruência lógica de não perceber que a formação dos professores é igualmente – ou até mais – importante e complexa. A sólida preparação dos professores exige tanta ou mais ciência.
Podemos entender (mas não justificar) que as universidades – de forma geral, mas não total – não deem a mesma importância à formação dos professores que dão à dos engenheiros. Essa preponderância é inerente à história da construção universitária no Brasil.
Mas precisamos, como sociedade, vestir a carapuça, uma vez que nós mesmos não valorizamos os professores como deveríamos. Ainda temos de caminhar muito rumo a encarar a educação como valor da sociedade, e o professor como o principal profissional do País.
Aí, mais do que nunca, todos e cada um dos alunos serão como foguetes. Poderão ir muito longe, a Marte e muito além.
*Mestre em administração pública pela Harvard Kennedy School, é fundadora e presidente executiva do movimento Todos Pela Educação

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A ESPERA DE UM MILAGRE


Não é o titulo do filme com Tom Hanks, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=dBCWa0-aq1M, mas o título se deve ao inimaginável dia em que as ruas de acesso à escola e do corredor de ônibus (pelo menos) serão pavimentadas. Projeto aprovado, dúvidas ambientais resolvidas, então acreditamos que a seja falta de empenho, de carinho, do olhar atento das autoridades para esta região A verba para o serviço, ora a verba, que em nome da dita cuja crise não aparece. Mas não aparece desde os gordos tempos. E ficamos assim, na espera de um milagre. São quase quinhentos alunos que sofrem com a poeira, barro, transporte. Professores, gestores, funcionários e comunidade que sofrem por conta das condições da estrada. Isto sem falar na questão de toda a extensão da região: Jd. Monte Belo, Carlos Gomes, Gargantilha Recanto dos Dourados, Área Verde.

São 14 anos enfrentando poeira-barro-pedra-buraco. 3 carros depois, estamos aqui trabalhando pela escola, pelos alunos. Nossa alegria, compartilhada com todos, é a unanimidade das pessoas que conhecem a escola pela primeira vez e ficam espantadas com sua organização, estrutura, ambientes e limpeza. Isto eu, Edson Mamprin, Diretor da Escola, devo á toda equipe, desde Vanya na vice-direção, coordenadores, professores, alunos e funcionários.

Esperamos que seja resolvido, pela educação, saúde e segurança dos que aqui constroem uma história dentro de uma das cidades mais ricas do país. E que a solução não dependa de um milagre.







domingo, 23 de outubro de 2016

TODOS PELA EDUCAÇÃO: ATITUDES. METAS E BANDEIRAS


Sempre bom, relembrarmos os aspectos definidos pelo movimento Todos Pela Educação.

Em 2014, o movimento Todos Pela Educação percorreu as cinco regiões do país para ouvir pais de alunos e educadores sobre as ações e comportamentos que favorecem a parceria entre família, escola e comunidade e que impactam positivamente no aprendizado dos alunos.
Com base nesse levantamento, o movimento propõe 5 Atitudes (www.5atitudes.org.br) que mostram como a população brasileira pode ajudar crianças e jovens a aprender cada vez mais e por toda a vida. As Atitudes se apoiam nos seguintes pressupostos: vínculo afetivo, frequência, reconhecimento de avanços, diálogo e bons exemplos.
Conheça as  5 Atitudes:

Valorizar os professores, a aprendizagem e o conhecimento
Hoje o povo brasileiro já valoriza que as crianças e jovens estejam na escola, mas é preciso que passemos a acompanhar o que aprendem, que valorizemos cada vez mais o conhecimento. E não há como promover o conhecimento e a aprendizagem sem valorizar o professor, profissional absolutamente central no processo de ensino escolar. Assim, pais ou pessoas de uma comunidade que se interessam pelo que a criança ou jovem está aprendendo na escola e que demonstra que respeita o trabalho do professor contribui para essa valorização.
E essa Atitude pode estar presente no dia a dia de todos, como por exemplo: pais e familiares demonstrando que valorizam e respeitam o trabalho dos professores e de toda a equipe escolar, perguntando o que está aprendendo e observando se a criança ou jovem está estimulado pelas propostas; professores e diretores buscando assegurar na sala de aula as condições físicas e materiais adequados para a aprendizagem, organização, conforto para leitura e estudo; diretores reconhecendo, valorizando e apoiando a capacidade técnica e o trabalho de seu corpo docente.

Promover as habilidades importantes para a vida e para a escola
As habilidades que falamos aqui são aquelas que serão desenvolvidas ao longo da vida escolar, no convívio social, mas que se estimuladas desde cedo têm maior probabilidade de serem absorvidas e praticadas no dia a dia, como responsabilidade, persistência, concentração, disciplina, comunicação e trabalho em equipe.
E essas habilidades podem ser estimuladas com ações como: em casa, estimulo da disciplina com horários e a promoção de atividades que exijam concentração, como jogos, contação de história ou atividades que possam ampliar o universo linguístico, como conversar e perguntar, ouvir e cantar músicas junto; em sala de aula, a promoção de atividades em grupo, que tenham que organizar o tempo e ter disciplina para executá-las em sala de aula; a sociedade, em geral, buscar envolver crianças e jovens em eventos e fóruns de discussão da vida na cidade.

Colocar a Educação escolar no dia a dia
A ideia é que as famílias, independentemente da sua escolaridade, e a comunidade consigam ajudar as crianças ou os jovens a entenderem a Educação como um bem necessário para o seu desenvolvimento integral, que a Educação escolar seja incorporada em sua rotina, em seu dia a dia, como um valor familiar ou dessa comunidade.
Ações simples e rotineiras, como levar ou buscar o filho da escola, não deixar faltar sem motivo e respeitar os horários das aulas, organizar a rotina escolar e arrumar o uniforme são algumas fazem com que essa atitude seja colocada em prática. Na escola, por exemplo, é importante que se garanta condições para que os alunos possam fazer relações do que se aprende na escola com a vida cotidiana e que se assegurar um espaço de acolhimento dos alunos e familiares. A iniciativa privada, por exemplo, pode contribuir com a valorizar e o estimulo da participação dos funcionários na escola de seus filhos.

Apoiar o projeto de vida e o protagonismo dos alunos
O que os jovens brasileiros querem para seu futuro? Como ajudá-los a abrir portas para esse futuro? O objetivo dessa Atitude é ajudar a sociedade a cuidar do projeto de suas crianças e seus jovens e estimular o protagonismo juvenil, promovendo a ideia de que todos são capazes de se desenvolver plenamente por meio da Educação, como cidadãos e como profissionais.
Nesse sentido, é importante que pais e familiares acreditem no potencial das crianças e dos jovens - pois a confiança e a motivação são os motores do sucesso -, demonstrem interesse pelas aptidões e tendências das crianças e dos jovens, por exemplo, valorizando suas ideias e feitos. Que os professores e a equipe escolar, por exemplo, acreditem que todas as crianças e jovens têm a capacidade de aprender e passem essa confiança para eles.

Ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens
Em grande medida, o impacto negativo do baixo nível socioeconômico na aprendizagem das crianças é decorrente da falta de exposição a situações culturais e de formação de repertório que ajudem na compreensão do mundo e do que é ensinado na escola. Essa Atitude busca então ajudar a família e a comunidade a buscar e aproveitar atividades e espaços que possam ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e jovens e contribuir para a ampliação da sua formação cidadã.

Algumas ações podem ajudar a colocar essa atitude em prática no dia a dia, como a escola incentivar os alunos a frequentarem os espaços culturais e esportivos da comunidade e informar aos pais o cronograma de atividades culturais e esportivas da escola para que também participem. Os gestores públicos estimularem o uso dos espaços públicos da região para a promoção de atividades culturais e esportivas e, em casa, os pais e familiares realizarem, por exemplo, podem ler para a criança com regularidade – caso não saiba ler, pode pedir apoio para outros familiares ou vizinhos -, e incentivar as crianças e os jovens a participar de atividades culturais e esportivas da escola e comunidade.

5 Metas
Conheça as 5 Metas do Todos Pela Educação e acompanhe o monitoramento dos dados.

1. Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola

Até o ano de 2022, 98% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos devem estar matriculados e frequentando a escola, ou ter concluído o Ensino Médio.

2. Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos


Até 2010, 80% ou mais, e até 2022, 100% das crianças deverão apresentar as habilidades básicas de leitura, escrita e matemática até os 8 anos ou até o final do 2º ano do Ensino Fundamental.

3. Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano


Até 2022, 70% ou mais dos alunos terão aprendido o que é adequado para seu ano.

4. Todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído


Até 2022, 95% ou mais dos jovens brasileiros de 16 anos deverão ter completado o Ensino Fundamental, e 90% ou mais dos jovens brasileiros de 19 anos deverão ter completado o Ensino Médio.

5. Investimento em Educação ampliado e bem gerido


Até 2010, mantendo-se até 2022, o investimento público em Educação Básica obrigatória deverá ser de 5% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB).

5 Bandeiras


Em 2010, o Todos Pela Educação anunciou 5 Bandeiras para os próximos anos. Elas tratam de assuntos que o movimento entende como prioritários para que o Brasil alcance melhoras impactantes na qualidade da Educação.
As Bandeiras surgiram da necessidade de o movimento defender políticas que possibilitem a aceleração do cumprimento das Metas estabelecidas desde seu início. Isso porque o TPE concluiu que, apesar dos muitos avanços ocorridos desde 2006, ainda há muito a ser feito para garantir a todos os brasileiros o direito a uma Educação de qualidade.
São elas:

Melhoria da formação e carreira do professor
De acordo com dados do Censo Escolar 2013, apenas 48,3% dos professores do Ensino Médio do Brasil possuem licenciatura na área em que atuam. Esta porcentagem é ainda menor, entre os professores dos anos finais do Ensino Fundamental: apenas 32,8%. Esse é apenas um dos gargalos relacionados ao magistério no Brasil. Outro é a baixa remuneração: em 2013, o professor da Educação Básica recebia em média cerca de 57% do rendimento médio de outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade (Ensino Superior), segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
 
Diante desse cenário, o TPE defende uma formação adequada e sólida ao professor, que equilibre prática e teoria e que vise a garantia da aprendizagem do aluno, assim como uma carreira atraente, com salário equiparado às demais profissões e com plano de carreira estimulante. Para o movimento, esses são pontos-chaves para impactar de forma positiva o bom desempenho do profissional em sala de aula e, consequentemente, para ampliar a oferta da Educação de qualidade.
 
Definição dos direitos de aprendizagem
Embora o País conte com a chamada Prova Brasil, com o Índice Brasileiro da Educação Básica (Ideb) e com metas para as redes e as escolas, ainda não foram definidos os direitos de aprendizagem, as expectativas dos alunos brasileiros por série ou por ciclo. Ou seja, os exames acabam cobrando algo que nunca foi estabelecido pelo estado nem alinhado previamente com as escolas.
Faz-se urgente, portanto, elaborar e adotar esses direitos, para que as redes, as escolas e os professores saibam a que objetivos pedagógicos precisam responder.

Uso pedagógico das avaliações
Nos âmbitos federal, estadual e municipal, as avaliações externas foram implementadas e aplicadas no diagnóstico dos sistemas de ensino. A prática já está bem difundida na sociedade brasileira, mas falta ainda fortalecer o papel das avaliações, dando um passo além da simples sinalização do nível de qualidade da Educação.
Por isso, o TPE trabalha para que os resultados das provas sejam utilizados de forma a corrigir os rumos do que não está dando certo dentro da sala de aula e na gestão educacional. Isso significa que os resultados dos exames devem fornecer informações a fim de que professores aprimorem sua prática pedagógica e os gestores elaborem melhores políticas públicas. As avaliações devem servir para orientar as rotas da garantia do direito à Educação de qualidade para todos, redirecionando caminhos e combatendo as desigualdades reveladas. Não podem constituir um mero instrumento de punição.

Ampliação da oferta de Educação Integral
No Brasil, a exposição ao ensino ainda é muito baixa, uma vez que a jornada mínima diária obrigatória nas escolas é de apenas quatro horas. Na prática, o tempo de exposição efetivo é ainda menor, se forem levados em conta fatores como: o envolvimento de docentes em atividades burocráticas, a ausência de professores, o uso de tempo do educador no combate à indisciplina ou mesmo a falta de infraestrutura de algumas salas de aula.
Assim, o Todos Pela Educação acredita que é prioritário o cumprimento efetivo das quatro horas diárias obrigatórias e o aumento da exposição ao ensino, associado à melhora das condições de aprendizagem e do funcionamento das escolas. Também se faz necessário colocar em prática a Educação integral nas áreas mais vulneráveis do país, como o campo e a periferia das metrópoles urbanas, a fim de equalizar as oportunidades educacionais.

Aperfeiçoamento da governança e gestão
O TPE vê como fundamental a efetivação de um regime de colaboração entre os entes federados, com normas que regulamentem as responsabilidades dos municípios, dos estados e da União. De acordo com a Undime, sem um regime efetivo, é inviável que grande parcela dos municípios atinja qualquer meta estabelecida.
Em relação à governança, o país precisa investir na aprovação e na efetivação do Plano Nacional de Educação, principal diretriz para as políticas educacionais, com metas e submetas viáveis para uma década.
Fazem parte também dessa bandeira a mobilização e a articulação para que se aprove em nível nacional uma Lei de Responsabilidade Educacional. Ela deve estimular e incentivar o comprometimento dos governantes com o resultado do desempenho dos alunos.