quarta-feira, 29 de março de 2017

ALUNOS VISITAM EXPOSIÇÃO NO SESC - CAMPINAS







Alunos do nono ano, acompanhados da Vice-Diretora Vanya e da inspetora Eliane, visitaram a exposição itinerante "INCERTEZA VIVA",  no SESC - CAMPINAS.

JOGO DE DAMAS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA



Orientação técnica sobre o jogo de damas e possibilidades pedagógicas. Mais de que o jogo como um fim, os professores puderam observar e apropriarem-se de conceitos que envolvem lógica, raciocínio, atenção, entre outros grandes benefícios da atividade.

sexta-feira, 24 de março de 2017

CONTAR HISTÓRIAS....

Contar histórias para as crianças impacta no desempenho escolar delas?

POR RICARDO FALZETTA

Com a colaboração de Pricilla Kesley
Quando o sultão ameaçou matar a bela Sherazade, foi a contação de histórias que salvou a vida dela. As histórias narradas em voz alta não apenas livraram a moça de um destino cruel como ganharam o mundo como uma das coletâneas de contos mais famosas da Idade Moderna.
Mas não é só na cultura persa que contar histórias vai muito além do entretenimento. Por exemplo: muitos povos africanos consideram o ato da fala mágico e, por isso, as narrativas acabam ganhando um caráter sagrado. Tão sagrado que eles treinam e selecionam um integrante específico da comunidade apenas para se dedicar à arte da contação. Os griôs, pessoas com excelente memória, são os contadores encarregados de preservar a identidade e a história oral dos povos negros.
Contar histórias, porém, não se faz de qualquer maneira. O segredo da prática é o mergulho no conto - o que não é o mesmo de simplesmente narrar uma sequência de acontecimentos em voz alta. Um contador deve memorizar o enredo e reproduzi-lo de maneira que suas impressões e as do público sejam entrelaçadas, instigando-se mutuamente. É quase como uma dança bem coreografada cujos passos - do contador e dos ouvintes - devem ser harmônicos. 
Até a escrita ser inventada e popularizada, a comunicação humana era fundamentalmente baseada na oralidade. Contar histórias é, portanto, uma das ações mais antigas da humanidade – com inúmeras utilidades tanto para adultos quanto para crianças em idade escolar, o que torna essa mistura entre contar e interpretar especialmente importante na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Para as crianças, apontam os especialistas, é importante que a realidade seja representada por meio de símbolos. Isto porque, ainda “novatos” no mundo, os pequenos não se relacionam com a realidade da mesma maneira objetiva que os adultos. Para as crianças, o conhecimento de si mesmos e dos outros e as várias regras sociais são inferidas por meio do lúdico e do encantamento – ou seja, da diversão e da brincadeira. 
Nesse contexto, a contação de histórias feita por professores e pais funciona como uma porta de entrada para um mundo imaginário. Além disso, ouvir histórias é a primeira maneira de socializar as crianças pequenas e pré-adolescentes com a estética da narrativa e despertar o interesse pelos livros e pela literatura. 
Por conta disso, mesmo para os alunos que ainda não são alfabetizados, ouvir histórias funciona como um passeio pela língua portuguesa, uma vez que amplia vocabulário, estimula o comportamento leitor e incentiva a criatividade
Da mesma maneira, as crianças em fase de alfabetização também se beneficiam com a contação de histórias. Esses alunos precisam de estímulo para o gosto pela leitura livre e também necessitam ter contato com os textos em contextos sociais. 
Carregadas de símbolos, lirismos e fantasias, as boas histórias são exercícios de linguagem figurada e de imaginação, mas também funcionam como ferramenta pedagógica, já que podem trazer para a sala de aula, de maneira descontraída, tópicos difíceis do currículo escolar. Da mesma forma, servem como estratégia para abordar valores importantes para a vida em uma sociedade democrática.
Não é à toa, portanto, que a contação de histórias tem um dia especial no calendário: 20 de março, uma data para lembrar como é gostoso contar e ouvir aventuras e enredos, independentemente da idade, sem tirar de vista o quanto podemos aprender com elas.


Pesquisa: O GLOBO / TODOS PELA EDUCAÇÃO, ACESSO EM 24/03/2017.

ATIVIDADES ANOS INICIAIS

Roda de jornal e atividade com dinheiro, 5 ano, Professora Daniela







Trabalho com mapas, Prof. Murilo, quarto ano.







quinta-feira, 23 de março de 2017

EDITAL PROFESSOR COORDENADOR


DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE CAMPINAS - LESTE
Escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio
E.E. CARLOS GOMES
Comunicado

A Direção da E.E. Carlos Gomes, situada à Avenida Anchieta, 80 - Centro - Campinas - SP comunica aos professores interessados a existência de uma (01) vaga para o posto de trabalho de Professor Coordenador para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A entrega dos projetos dar-se-á nos dias 27, 28 e 29 de março na Unidade Escolar das 8h às 16h. As entrevistas serão agendadas no ato da entrega do projeto. Os candidatos deverão atender ao contido na Resolução SEE nº 75, de 30-12-2014, alterada pelas Resoluções SEE nº 65 de 19-12-2016 e SEE nº 06 de 20-01-2017.

domingo, 19 de março de 2017

PROFESSOR DO BRASIL ENTRE OS FINALISTAS DE MELHOR DO MUNDO

Canadense vence prêmio de melhor professora do mundo
Professor de ciências do interior do Espírito Santo estava entre os dez finalistas da premiação 
SÃO PAULO - A professora canadense Maggie Mcdonnell foi a vencedora do Global Teacher Prize, prêmio de R$ 1 milhão que destaca as ações de maior impacto de docentes. Maggie trabalhar em Salluit, uma aldeia inígena esquimó em uma região do Ártico Canadense, uma das áreas mais remotas do mundo e que tem acesso apenas por via aérea. 
A comunidade, de apenas 1,3 mil habitantes, foi impactada pelo trabalho de Maggie. O local, que fica praticamente isolado pela ausência de estradas e temperaturas que podem chegar a - 25ºC, enfrenta problemas de destruição ambiental e desigualdade econômica o que levou a altas taxas de abandono escolar. 
Por isso, Maggie desenvolveu um trabalho para motivar os jovens a voltarem à escola por meio de projetos que os interessem, como um centro fitness, uma cozinha comunitária e uma loja de produtos usados. Ela também chegou a acolher temporariamente jovens que passavam por situações difícies, já que a comunidade enfrenta problemas como alcoolismo, uso de drogas, alta taxa de suicídio - em 2015, a cidade registrou 6 suicídios entre homens de 18 a 25 anos -, gravidez na adolescência e abuso sexual. 
"Em três ocasiões distintas, tive alunos que me agradeceram por salvar suas vidas. Todos eles passaram por momentos difíceis quando perderam amigos e familiares para o suicídio, ou experimentaram outros traumas", diz a professora, em um texto divulgado pela premiação. "Cada um deles me procurou quando estava lutando contra seus próprios pensamentos de suicídio."
Em sua terceira edição, o Global Teacher Prize é o maior prêmio do gênero e foi criado para reconhecer "um professor excepcional que tenha feito uma grande contribuição para a profissão, além de chamar a atenção para o importante papel que os professores exercem na sociedade".
Brasil. Entre os dez finalistas estava o professor de ciências Wemerson da Silva Nogueira, de 26 anos, que trabalha em Nova Venécia, no interior do Espírito Santo. Depois de detectar que muitos alunos sofriam violência em casa, ele desenvolveu o projeto 'Jovens Cientistas'. 
"A comunidade é carente de tudo e muitos alunos faziam o tráfico de drogas nos arredores e nas dependências da escola. Comecei a motivá-los para a música, para o esporte e, por fim, envolvi os pais. Os alunos passaram a ter interesse pela escola e pelo contexto social." Ele conta que num dos projetos, o 'Karaoquímica', os alunos cantavam as fórmulas de uma matéria normalmente difícil. Contrariando orientação dos chamados "pedagogos", ele liberou o celular nas aulas e converteu os aparelhos em fonte de consulta.
Fonte: www.estadao.com.br, acesso em 19/03/2017.



quinta-feira, 16 de março de 2017

TEXTO PARA REFLETIRMOS





RESISTIR PARA EXISTIR
Texto de Gabriel Perissé - Revista Educação edição 237 - Jan/Fev 2017
O Brasil, antes de ser Brasil, não podia existir nos livros escolares. Não se chamava Brasil nem era ainda o que se tornou a partir do século 16. De interrogação tropical (para a mente europeia), tornou-se então uma feitoria escravista e mais tarde um proletariado externo a título de possessão estrangeira.
Estou escrevendo em sintonia com Darcy Ribeiro (seu livro O povo brasileiro). Como povo sublusitano, mestiçado de sangues afros e índios, atravessamos dois, três séculos presos ao atraso e à ignorância. Fomos espoliados e mantidos em situação subalterna. Nossa terra (e nossa água… e nossa alma) uma e outra vez explorada. E a liberdade jamais conquistou espaço entre a imposta ordem e o suposto progresso, palavras cravadas na bandeira nacional.
No século 19, procurando nas raízes um destino, nossos escritores românticos e realistas redescobriram o país. Somos floresta virgem e fascinante, e somos cortiço no espaço urbano. Somos José de Alencar e Aluísio Azevedo. E logo vieram imigrantes de vários pontos do mundo, trazendo idiomas diversos e novos traços físicos e culturais. No século 20, o escritor vienense Stefan Zweig acreditou que éramos “um país do futuro” (reparem no artigo indefinido), e não “o país do futuro”, como se procurou difundir.
E chegamos ao final do milênio, após uma sucessão de ditaduras e de períodos quase democráticos, sem saber responder à crucial pergunta que Darcy Ribeiro se fazia com frequência: “Por que o Brasil ainda não deu certo?”.
O passado não passou
Quem tem mais de 50 anos de idade, meio século de alguma leitura de mundo e de país, sente-se convidado a arriscar um palpite. Ainda não demos certo (ofereço minha opinião) porque continuamos praticando a servidão voluntária de que falava o escritor francês Étienne de La Boétie (século 16). Em seu Discurso sobre esta atitude humilhante, o autor denunciava nossa conivência com a tirania. Aceitamos os tiranos e lhes damos território, alimento e segurança.
O tirano aposta todas as suas fichas em nosso medo de assumir as consequências da liberdade pessoal e/ou coletiva. Seu trunfo e seu triunfo estão em nossa aceitação impensada e comodista. E em nossa leitura insuficiente dos acontecimentos.
O passado da condição subalterna não passou. Repetimos sem refletir a frase disseminada. Ouvimos sem analisar e repetimos sem pestanejar: “manda quem pode, e obedece quem tem juízo”. No entanto, que juí­zo, que bom-senso terá alguém que obedece automaticamente, e repete o “amém” induzido por palavras manipuladoras?
As palavras de La Boétie vêm igualmente do passado para o presente, num piscar de olhos. Referindo-se à
[…] multidão que se
esquece das coisas passadas e, por isso, não tem
condições de julgar as
coisas futuras e avaliar
as coisas presentes […]
o escritor enaltecia, por contraste, aqueles que possuem “uma cabeça bem-feita”
[…] e esta lucidez alcançaram graças ao estudo e ao conhecimento. Mesmo que a liberdade viesse a se perder inteiramente e fosse lançada fora do mundo, estes ainda saberiam imaginá-la e senti-la em seu espírito, e até mesmo saboreá-la, pois não suportam o gosto amargo da servidão, por mais disfarçado que esteja.
A noção de “cabeça bem-feita” é partilhada por Montaigne, grande amigo de La Boétie. Segundo Montaigne, nossos filhos precisam ter uma cabeça bem-feita, mais do que bem cheia. A cabeça cheia de conhecimentos inúteis não garante lucidez, critério e conduta adequada.
Crise ou projeto?
Voltemos a Darcy Ribeiro, que possuía uma senhora cabeça! E indicava um instrumento de avaliação da realidade presente. Perguntava ele: “Isso é crise ou é projeto?”. Diante de um problema, de uma catástrofe, de uma perplexidade, esta pergunta ajuda a discernir causas e motivações.
Presídios superpovoados, isso é crise ou é projeto? Poucas estações de metrô numa megalópole, isso é crise ou é projeto? Universidades públicas sem verbas, isso é crise ou é projeto? Livrarias indo à falência, isso é crise ou é projeto? A profissão docente desvalorizada, isso é crise ou é projeto?
A liberdade de pensar é ato de resistência. Resistir, não se dobrar nem se sujeitar, é desejar uma existência digna. A cabeça bem-feita pergunta sobre a realidade das coisas, mesmo quando tudo parece óbvio e natural.
No livro Viva a língua brasileira (de 2016), Sérgio Rodrigues usa a cabeça e nos ensina a não embarcar em qualquer interpretação.
Há décadas temos ouvido, lido e até divulgado a ideia de que a palavra “crise” em chinês é composta por dois caracteres, um com o significado de “perigo” e o outro com o sentido de “oportunidade”. Parece que foi o presidente John Kennedy quem começou a distribuir essa falsa moeda linguística, sendo depois imitado por palestrantes e escritores de autoajuda.
Pois bem. Sérgio Rodrigues explica que o chinês weiji (“crise”), conforme esclarecem os estudiosos do mandarim, significa situação de perigo mesmo. Em outras palavras, há um projeto que tenciona fazer-nos crer que “crise” é uma excelente oportunidade! A eterna crise educacional, por exemplo, seria algo que valeria a pena cultivar. Que tal?


Revista educação: acesso em 15/03/2017: http://www.revistaeducacao.com.br/resistir-para-existir/

SUSTENTABILIDADE





Trabalho com alunos do oitavo ano, disciplina de Geografia, Prof. Simone