sexta-feira, 23 de março de 2018

ATIVIDADES DE HOJE












TEATRO AULA DE HISTÓRIA

Alunos dos anos finais, durante aula de história, encenaram trechos da peça DON QUIXOTE






ANINA


Alunos dos quintos anos assistiram ao filme Anina - maiores informações no site adorocinema, e depois discutiram am sala, elaborando cartazes como produto final.


Anina tem dez anos de idade e, após uma briga com a amiga Yisel na escola, recebe uma punição em um envelope preto lacrado que não pode ser aberto durante uma semana. Mas ela quer descobrir o conteúdo misterioso e vai se meter em mais confusão.








segunda-feira, 19 de março de 2018

ENTREGA DOS KITS ESCOLARES

Recebemos os kits na sexta-feira e já entregamos hoje. Agora, é necessário que cada aluno cuide muito bem de seu material




SOBRE A MERENDA ESCOLAR

CONSUMIDORES DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 

            O Programa de Nacional de Alimentação Escolar alcançou em 2004, a visão do direito humano. Por isso, seu objetivo é atender às necessidades nutricionais dos estudantes, durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o seu crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar, bem como a formação de hábitos alimentares saudáveis.
            A Lei Federal 11.497/09 (em vigência) dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar a sobre as transferências de recursos e regras do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, e a Resolução FNDE nº 26/2013, Capitulo II – Art. 4 e no Capitulo VIII, seção I - Art. 38 deixa claro a quem se destina tal programa e como são calculados os repasses.
            Este, aliás, é o principal fator que determina a exclusividade deste direito no atendimento aos alunos, visto que não contempla recursos a nenhuma outra pessoa (funcionários, professores, diretores, pais, entre outras) contabilizando somente os alunos matriculados. Os repasses já são considerados defasados, uma vez que trabalham com dados do Censo do ano anterior e somente são contados os alunos matriculados na data base do Censo, que é a última quarta-feira do mês de maio de cada ano.
            Em Campinas, sendo a merenda descentralizada, ou seja, a gestão dos recursos repassados pela Secretaria de Estado da Educação e Governo Federal, é realizada pelo Prefeitura Municipal de Campinas através de Convênio celebrado anualmente, ficando a cargo da Coordenadoria de Nutrição, o abastecimento das U.E.s de acordo com o número de alunos, otimizando gastos e desperdícios.
            Existe, na Assembleia Legislativa Estadual, Projeto de Lei nº 619, de 2016, ainda em fase de votação, no sentido de assegurar aos professores e demais servidores das escolas públicas estaduais o direito à alimentação pelo Programa de Merenda Escolar. Porém, enquanto não existam garantias legais deste direito ou benefício, reforçamos, mais uma vez, que a alimentação escolar é de consumo exclusivo dos alunos.
            Contamos com a compreensão e colaboração de todas as unidades escolares para o cumprimento da legislação vigente

quinta-feira, 15 de março de 2018

MOMENTOS DE HOJE NA ESCOLA



Quintos anos na sala Multiuso para filme com o tema mistério



Aula de ciências na Sala de Atividades



                                       Aula do Segundo Ano na parte externa





sexta-feira, 9 de março de 2018

NOVA CORTINA PARA A SALA DE LEITURA

Tornar o ambiente mais agradável para motivar ainda mais a prática da leitura.



REUNIÃO COM REPRESENTANTES DE SALA

Na pauta, preservação do patrimônio, sistema de empréstimo de livros, aulas vagas, uso do wi-fi, prática esportiva no intervalo, entre outros assuntos em que os alunos eleitos pelos pares como representantes de sala, socializarão as conversas e combinados.





terça-feira, 6 de março de 2018

LEITURA NO BRASIL


País só deve dominar Leitura em 260 anos



Essa é a defasagem do aluno brasileiro em relação ao de países desenvolvidos, aponta estudo inédito do Banco Mundial

Um relatório inédito do Banco Mundial estima que o Brasil vá demorar 260 anos para atingir o nível educacional de países desenvolvidos em Leitura e 75 anos em Matemática. Isso porque o País tem avançado, mas a passos muito lentos. O cálculo foi feito com base no desempenho dos estudantes brasileiros em todas as edições do Pisa, a avaliação internacional aplicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). 
Esta é a primeira vez que o World Development Report, relatório anual que discute questões para o desenvolvimento mundial, é dedicado totalmente à educação. A conclusão mais importante do documento é que há uma “crise de aprendizagem” no mundo todo. “Nos últimos 30 anos houve grandes progressos em colocar as crianças nas escolas na maioria dos países, mas infelizmente muitas não entendem o que leem ou não sabem fazer contas”, disse ao Estado o diretor global da área de educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra. 
O texto sistematiza evidências e casos de sucesso de vários países para traçar um panorama da educação mundial. A Coreia do Sul e, mais recentemente, o Peru e o Vietnã são países citados como alguns dos que conseguiram avançar com reformas e novas políticas. Entre as sugestões de iniciativas para tentar reverter o quadro principalmente nos países em desenvolvimento, estão a valorização do professor, a avaliação dos sistemas, a melhor gestão das escolas e o investimento em educação infantil. 
O Brasil é um dos países que fazem parte dessa crise de aprendizagem, apesar de avanços recentes em avaliações. No último Pisa, porém, o País não aumentou sua nota em Leitura e caiu em Matemática. Procurado pelo Estado, o Ministério da Educação não quis comentar o conteúdo do relatório. 
Segundo André Loureiro, economista brasileiro do Banco Mundial, a demora para se atingir níveis de países desenvolvidos só vai acontecer “se o país mantiver o passo em que está”. “Mas há reformas que estão sendo feitas, como a do ensino médio, que têm potencial muito grande de afetar essa trajetória”, acredita. Para ele, a flexibilização do currículo e a diminuição do número de disciplinas devem deixar a escola mais atrativa para os jovens. 
Sem plano. “O Brasil precisa urgentemente de um plano estratégico de educação”, diz a presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Segundo ela, os avanços do País são lentos porque não se sabe quais são os fatores de fracasso e sucesso das políticas. “A gente abandona as políticas e recomeça do zero sem ter aprendido nada com o passado.” Para Priscila, os dois pontos principais desse plano deveriam ser a valorização do professor e da primeira infância. 
“O Brasil teve de expandir o sistema rapidamente para trazer muitas crianças para a escola, precisou de muitos professores e acabou tendo problema com a formação deles”, diz o coordenador de pesquisas do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho. Mas, segundo ele, agora o País tem uma oportunidade de corrigir essa questão por causa da queda demográfica. A natalidade diminuiu muito nos últimos anos e o número de alunos no ensino fundamental caiu quase pela metade em 20 anos. “Se mantiver o tamanho das salas, vamos precisar de metade do professores. Podemos selecionar melhor os candidatos.” 
 relatório intitulado Aprendizagem para Realizar a Promessa da Educação será apresentado hoje em São Paulo em um evento na Fundação Getulio Vargas (FGV). O texto enfatiza a importância da educação para impulsionar o “crescimento econômico de longo prazo, incentivar a inovação, reforçar as instituições e promover a coesão social”. Há também dados que demonstram que cidadãos mais bem educados valorizam mais a democracia. 

Perguntas para Jaime Savedra, diretor global de Educação do banco Mundial

Por que o relatório do Banco Mundial resolveu focar em educação? 
Precisamos ter certeza de que as pessoas que cuidam das políticas dos países saibam que o capital humano é mais importante que o capital físico. É crucial mostrar o que está acontecendo, os desafios e o que fazer. Porque todo mundo diz que educação é muito importante para o desenvolvimento, mas esse discurso nem sempre se traduz em busca da certeza de que todos na escola estão aprendendo. 
Os países precisam investir mais em educação? 
Em alguns países, a resposta é sim, mas em outros, como o Brasil, o dinheiro precisa ser distribuído melhor pelos níveis de ensino e pelo País. A questão é mais sobre como estamos usando os recursos do que colocar mais.
Quais as principais medidas para resolver a crise de aprendizagem? 
O ponto principal é que os países precisam atrair os melhores profissionais para serem professores. Em Cingapura, Finlândia, Japão, se aumentou o prestígio da carreira. E isso não é só salário, mas a percepção social da carreira. Outra questão é o gerenciamento das escolas. O serviço das escolas é realmente difícil porque é o de fazer uma criança feliz e dar a ela as ferramentas para uma vida produtiva.
Relatório intitulado Aprendizagem para Realizar a Promessa da Educação será apresentado hoje em São Paulo em um evento na Fundação Getulio Vargas (FGV). O texto enfatiza a importância da educação para impulsionar o “crescimento econômico de longo prazo, incentivar a inovação, reforçar as instituições e promover a coesão social”. Há também dados que demonstram que cidadãos mais bem educados valorizam mais a democracia. 

Perguntas para Jaime Savedra, diretor global de Educação do banco Mundial

Por que o relatório do Banco Mundial resolveu focar em educação? 
Precisamos ter certeza de que as pessoas que cuidam das políticas dos países saibam que o capital humano é mais importante que o capital físico. É crucial mostrar o que está acontecendo, os desafios e o que fazer. Porque todo mundo diz que educação é muito importante para o desenvolvimento, mas esse discurso nem sempre se traduz em busca da certeza de que todos na escola estão aprendendo. 
Os países precisam investir mais em educação? 
Em alguns países, a resposta é sim, mas em outros, como o Brasil, o dinheiro precisa ser distribuído melhor pelos níveis de ensino e pelo País. A questão é mais sobre como estamos usando os recursos do que colocar mais.
Quais as principais medidas para resolver a crise de aprendizagem? 
O ponto principal é que os países precisam atrair os melhores profissionais para serem professores. Em Cingapura, Finlândia, Japão, se aumentou o prestígio da carreira. E isso não é só salário, mas a percepção social da carreira. Outra questão é o gerenciamento das escolas. O serviço das escolas é realmente difícil porque é o de fazer uma criança feliz e dar a ela as ferramentas para uma vida produtiva.

A decisão de ler

Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo
19 Novembro 2017 | 02h00


Os jovens passam o dia lendo. A frase deveria animar todos, só que não. São mensagens monossilábicas em celulares, acrescidas de pequenas imagens, um jejum de ideias e abundância de onomatopeias. Desde o momento em que abrem os olhos, incluindo os períodos no banheiro, os aparelhos estão diante dos olhos. Polegares rápidos disparam sem cessar.
A maneira de registrar a escrita é gêmea xifópaga do pensamento rápido. É um espoucar de emojis e com pouca preocupação em relação à forma. Desaparece a acentuação, somem vogais, omitem-se sinais de pausas como vírgulas e chovem exclamações. Subordinadas faleceram há anos, subjuntivo está em fossilização avançada e o pretérito mais-que-perfeito, já senil quando eu era jovem, foi alvo de condução coercitiva ao cemitério. Língua é viva e sempre foi transformada pelos usuários. É necessário refletir sobre o dinamismo dela e seus novos suportes

Vamos sair da zona ranheta. Os mais velhos proclamam em todas as épocas que os jovens não são mais o que supõem ter sido. A reclamação sobre a decadência é eterna em História. Há quarenta anos meu pai bradava que nós (meus irmãos e eu) não líamos tanto quanto a geração dele. Diante do desafio que eu enfrentava com As Minas de Prata, de José de Alencar, ele comentava que, com os mesmos 14 anos, já tinha lido as obras completas do cearense. Será que os jovens do Instagram dirão o mesmo aos netos? Algo como “no meu tempo a gente mandava ao menos um kkkk formal com a foto, vocês, jovens de 2040, nem isso fazem...”
Convivo com jovens há mais de três décadas. A inteligência não diminuiu, vou morrer afirmando. Houve uma transformação profunda. Aumentou o apreço pelo discurso direto, pela imagem e pela velocidade narrativa. Encurtou o prazo para despertar o tédio. Explodiu, de forma geométrica, a gula da novidade. As mudanças, antes visíveis ao longo de décadas, emergem em poucos meses.
Quero sair da rabugice. O mundo esta rápido. As informações fluem em pororoca contínua. Jovens estarão sempre “antenados” em seus aparelhos, especialmente se o entorno contiver adultos, professores ou gente que fala outra língua geracional. Talvez seja uma boa defesa mesmo. Quero dar outras.
Uma obra clássica contraria tudo o que eles leem no smartphone. Ela resiste ao primeiro contato, apresenta uma experiência prolongada que demanda foco por muito mais tempo do que uma “tuitada”. Orações longas, palavras desconhecidas, narrativas detalhistas, erudição e referências em cascata: muitas pedras na estrada do leitor superficial. O best-seller contemporâneo tenta seduzir, como o gif ou o meme da tela do celular. Memes são engraçados e concordam com seu mundo. Clássicos não estão “nem aí” para você. Ele dizem: “sou o Hamlet, se você não me entender, morra, eu continuarei sendo o príncipe da Dinamarca”. Exatamente porque são densos e, por vezes, até “arrogantes”, os clássicos representam uma jornada que muda o leitor-peregrino. Ler detidamente o Hamlet citado de Shakespeare ou o D. Quixote de Cervantes produz uma mudança permanente, mais do que o arranhão leve e passageiro da frase de twitter. A frase de celular, o desenho animado e o meme divertido constituem jujubas vermelhas, doces e agradáveis. Um segundo e pluft! Foi-se o sabor e a experiência. Cervantes pede que você sente, coloque o guardanapo sobre o colo, respire fundo, abra em silêncio as páginas e comece um banquete demorado, semanas no mínimo, meses provavelmente. Há entradas, pratos principais, bebidas harmonizadas, lavanda para os dedos, convidados que vão se sentando: Dulcineia, Sancho e até o relincho sagaz de Rocinante. O gênio espanhol vai servindo lentamente e, por vezes, pede que você experimente o mesmo prato e releia, até ter aprendido a degustar todas as sutilezas apresentadas.
Se o leitor-comensal se permitiu, terminará satisfeito, melhor, alimentado, transformado por dentro. Trata-se de uma experiência única. Ele poderá continuar com jujubas vermelhas, pequenos drops que necessitem da sua atenção, mas terá um outro olhar. A leitura de grandes obras torna-o melhor, apto a novas altitudes, com fôlego de alpinista profissional e que vislumbrará de forma original para o mundo onde todos repetem as mesmas ideias no banho-maria eterno do cotidiano.
Abra o volume das tragédias de Shakespeare com a peça Romeu e Julieta. Você começa trancando na fala inicial. O cara conta o fim logo no começo! Sim, porque a aventura não é saber o que ocorre no último capítulo, porém como tudo será narrado. Depois uma briga entre empregados, um gesto bizarro com o polegar. Imediatamente você já pensará: polegar entre os dentes é agressivo? Hoje seria o dedo médio em riste! Pronto, primeiro passo no campo da relatividade dos gestos e atitudes. Você acaba de sair da zona de conforto. Depois o amor de Romeu por outra mulher. Espere aí? O modelo de paixão, o jovem Montecchio estava com outra antes de Julieta? Sim! Por fim a festa, o acaso, o amor à primeira vista, os versos da paixão que envolvem amor, santos, peregrinos e catedrais. Chegamos à cena do balcão. Que namorada ainda seria seduzida pelo discurso do apaixonado de Verona? Estamos na parte inicial e o leitor já questionou gestualidade, amor, expandiu imaginação e criou a capacidade de se projetar em outras personagens. O clássico está fazendo efeito. Faltam ainda duelos, casamento secreto, venenos, um príncipe que luta pela ordem, uma cena atrapalhada com um frade e um final intenso.
Comecei com uma obra mais “fácil”. Há muitas, em variados graus. O benefício maior da leitura é interno. Há bônus secundários: em uma seleção de emprego, na conversa entre amigos, na disputa por um rapaz ou uma moça, quase todos estarão dizendo a mesma coisa. Vantagem evolutiva: o leitor de clássicos terá outro ponto de vista. E os outros? Tuitarão apenas: “não deu, kkkkk!” O mundo do futuro é o da inteligência. Bom domingo para todos nós!


Renata Cafardo, O Estado de S.Paulo

28 Fevereiro 2018 | 03h00

Acesso, 05/03/2018:http://www.estadao.com.br,/