HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA


Veja também na Página do Projeto Político Pedagógico de nosso site. 2015-2018

HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS
História
           O bairro rural Carlos Gomes já foi uma das ricas regiões produtoras de café no Brasil. A área, que compreende mais quatro bairros (Gargantilha, Recanto dos Dourados, Monte Belo 1 e Monte Belo 2) tem cerca de 5 mil habitantes. Hoje, parte dos moradores se desloca até Campinas para trabalhar. Outros permanecem no bairro, produzindo hortifrutigranjeiros e à frente de pequenos comércios. Com atividade predominantemente rural, como gado de corte, tendo também horta e hortaliças. Existem inúmeras chácaras de finais de semana, onde alguns pais e alunos trabalham. Com um patrimônio arquitetônico de grande importância histórica, a região guarda as marcas da época em que a agricultura cafeeira foi a principal atividade econômica no Estado de São Paulo. Prova disso são as quatro
estações ferroviárias (Carlos Gomes, Desembargador Furtado, Pedro Américo e Tanquinho), além dos vários casarões das antigas fazendas, a Capela Santa Rita do Mato dentro e o cemitério onde foram enterrados os soldados da Revolução de 32.
            A revista SARÁO – Memória e Vida Cultural de Campinas, Vol. 3, nº 4, Janeiro/2005; traz relatos interessantes:
“Sua origem provável remonta em metade do século XIX, na transição do ciclo do açúcar para o ciclo cafeeiro, uma vez que ali eram terras do próprio engenho Mato Dentro, hoje fazenda Santa Rita do Mato Dentro."O nome de Mato Dentro do primeiro engenho que se montou na sesmaria Mato Dentro do Jaguari, distinguindo também outras propriedades do município, deveria originar-se de engenhos fundados dentro de mataria exuberante que cobria as terras de Campinas, afastados da estrada, tornando-se engenho localizado mato adentro."Neste enorme engenho, formou-se uma vila, cujos moradores eram os próprios trabalhadores da fazenda e praticavam atividades de subsistência, uma vez que se encontravam muito distantes de qualquer núcleo urbanizado.Esse bairro possuía um caráter rural na sua configuração espacial e na sua formação social e de produção de consumo básico para o próprio sustento.Registros fotográficos e informações obtidas de entrevistas feitas com moradores muito antigos de, pelo menos, a terceira geração, revelam alguns elementos confirmadores dessa hipótese, como o traçado das ruas que apresentam-se tortuosas, desprovidas de qualquer planejamento; a arquitetura das casas demonstra um desenho simples, com tecnologia construtiva do início do ciclo cafeeiro, em taipa de pilão e pau-a-pique, bem como o desenho das fachadas das mesmas, algumas ainda com beiral voltado para a rua.
Existiam aproximadamente dezesseis casas, além de uma capela, hoje capela de Santa Rita, implantadas, na sua maioria, de forma esparsa na área do bairro. A população variava entre sessenta e cinqüenta e cinco moradores.Com a implantação da ferrovia pela Cia. Mogiana, instalou-se a estação Carlos Gomes, já no final do século XIX, cuja construção ainda remanesce neste bairro, porém já bastante descaracterizada e que já abrigou uma escola; a E.E.P.G. Prof Uacury Ribeiro de Assis Bastos.
Enquanto a estação de trem e a ferrovia neste bairro antigo, estavam em atividade econômico/social decorrente do ciclo cafeeiro, ainda havia "vida", havia impulso nas relações próprias de um bairro rural. O trem era o meio de transporte mais eficaz para os habitantes dali, os quais sentiam enorme satisfação em se deslocar do bairro para Campinas ou para Jaguariúna, cujo percurso era composto por uma paisagem ainda não tão descaracterizada.
Antes da década de 20, esta estação foi desativada e transferida para as terras da fazenda Sete Quedas, desmembradas em loteamentos nas imediações deste bairro, onde hoje é o Bairro Carlos Gomes Novo, que possui, aproximadamente, 5 mil habitantes.Esta estação possuía a função de carregadora de gado, função esta que se estendeu por alguns anos, principalmente a partir de 1919. Hoje, porém, restringe-se a ponto de parada turística da Maria Fumaça, o trem turístico da região.Paralelamente, estes trilhos foram sendo substituídos pelas rodovias, pelas estreitas estradas e pelos caminhos, responsáveis por alterar, sobremaneira, esta paisagem. Os moradores daí já não vivem apenas da cultura de subsistência. Agora, assumiram outros costumes. A relação entre o bairro com reminiscências rurais e a cidade adquire outro caráter. Apesar da maioria dos moradores ainda trabalhar ali nas imediações, nas fazendas, em chácaras ou em sítios, estes demandam serviços básicos de infra-estrutura para o bairro onde vivem. Hoje, seu meio de transporte é o ônibus, que percorre todas as estradas das imediações, ainda em terra batida. Este antigo bairro, se situa entre Campinas e Jaguariúna, mas pertence ao município de Campinas, bem ao norte do mesmo, próximo à rodovia Campinas/Mogi-Mirim, que segue, em paralelo tanto com a ferrovia da antiga Mogiana, como com o rio Atibaia, cujo curso d'água percorre toda a extensão desta área no sentido de norte a sul. O relevo desta área é pouco acentuado, sendo praticamente plano, com pouca declividade, fato este que justifica o adensamento em um índice significativo com relação a outras áreas da região, caracterizada, então, como perímetro urbano de Campinas. Apesar de localizar-se bem próximo a vários loteamentos do tipo chácaras de médio padrão existentes nas imediações, produtos de desmembramentos das fazendas Sete Quedas, Santa Rita do Mato Dentro e outras, o bairro em questão ainda continua com as mesmas características físicas, mantêm-se com a mesma implantação, com a maioria de suas casas originais, exceto por duas ou três que já foram demolidas. O bairro Carlos Gomes Velho remanesce quase que totalmente nas suas casas, no traçado de suas ruas e de seus lotes. Este bairro apresenta uma configuração social entre a família de um lado e as cidades de Campinas e Jaguariúna de outro, na escala de relação espacial-física e social de vida rústica. Ao mesmo tempo em que se constitui como uma unidade funcional relativamente autônoma, é tributário do município de Campinas. Pode ser caracterizado como um bairro remanescente de bairro rural, pois é formado por "um grupo de vizinhança disperso, mas de contornos suficientemente consistentes para dar aos habitantes a noção de lhe pertencer, levando-os a distingui-lo dos demais bairros da zona.
Além da religião e das festividades locais praticas no bairro Carlos Gomes, a alfabetização é muito valorizada pelos seus habitantes, pois todos reconhecem a "necessidade" de saber ler e escrever, a fim de conseguirem melhor emprego na cidade. A escola do bairro funcionou durante muito tempo dentro da Fazenda Santa Rita do Mato Dentro, num local hoje transformado num campo de pastagem, segundo informações obtidas com Da. Olga dos Santos Prodócimo e Sr. Orlando Prodócimo, moradores dos mais antigos do bairro Carlos Gomes em entrevista no local em setembro de 1996. "Antonio Cândido mostra como, participando das mesmas crenças, das mesmas práticas religiosas, dos mesmos costumes, dos mesmos conhecimentos técnicos, dos mesmos labores, era difícil de surgir entre eles uma diferenciação social hierárquica muito desenvolvida e muito bem definida."
            A atual estação Carlos Gomes foi construída antes mesmo da antiga e original estação ter sido desativada, estando a atual situada em terreno mais privilegiado, cujo relevo apresenta desníveis bem menos acentuados com relação ao terreno onde se situava a anterior. A estação Carlos Gomes ainda está funcionando, pois é por ela que passa o Trem da "Maria Fumaça". Seu percurso inicia-se na estação Anhumas, passando pelas estações Pedro Américo, Tanquinho, Desembargador Furtado, Carlos Gomes e, finalmente, termina em Jaguariúna.”

Origem do nome da escola
O nome de batismo da escola é uma homenagem ao Professor Uacury Ribeiro de Assis Bastos (1918-1990), natural de Cuiabá, Estado de Mato Grosso, Professor de Geografia e História, pós-graduado e mestre em história da civilização americana; ministrou aulas em várias instituições de ensino, como PUC/SP e USP e autor de diversas publicações nas áreas de história e geografia. O nome foi definido, em atendimento à solicitação do ofício 14/92, datado de 01/07/92 em nome do então Deputado Estadual Afanásio Jazadji (PFL). Pesquisas sobre o Professor Uacury relatam que em 1995 a viúva doou à USP, uma coleção composta por livros e periódicos do acervo particular do escritor Uacury Ribeiro de Assis Bastos abrange temas como história geral, história do Brasil e história das Américas.Assim como verificamos que seu filho defendeu tese para seu doutorado na UNICAMP, utilizando como tema o trabalho de seu pai.
Comunidade e autoridades em busca da construção da escola


A escola nos dias atuais

              Nossa escola deixou a Praça Carlos Gomes, onde funcionava em espaços adaptados, e através de reivindicações populares foi inaugurada no “prédio novo” em 1999. Embora, pelo censo seja considerada de localização urbana, têm todas as características de região rural. Estradas de terra, saneamento através de fossa séptica, água entregue por caminhão pipa, chácaras, sítios, fazendas em seu entorno lhe dão esta caracterização. O ponto de referência utilizado é o Hotel Fazenda Solar das Andorinhas, a empresa Furnas, e o termo “divisa com Jaguariúna”. A escola está ao lado da APA – Área de Proteção Ambiental.
A escola é tida como um ponto de referência para a comunidade local utilizado também para palestras, encontros, atividades sociais, esportivas, lazer e profissionalizantes. A utilização do espaço físico é através de planejamento e solicitações prévias, observando-se a legislação vigente sobre a cessão de prédio público; tendo na comunidade, Ong’s, Universidades, entre outros como potenciais parceiros. Observações, troca de informações, opiniões, sugestões e críticas ouvidas desde 2003, aliado ao Questionário dos Pais/Saresp 2009; onde foram tabuladas respostas de pais dos alunos de 09 das 16 salas de aula, 04 referentes ao Ciclo I, 04 do Ciclo II e I do Ensino Médio indicam que a escola e valorizada pela comunidade; a maioria dos alunos gosta da escola e de seus professores; acham que estes, em sua maioria têm respeito por eles. No aspecto físico sentem falta de uma Sala de Informática  compatível com a demanda ( A nova sala está pronta com cadeiras, mesas, cortina, cabeamento; falta a SEE entregar os 12 computadores que serão somados aos 06 que já existem e funcionam ativamente na Sala atual, que é adaptada, tendo 10 m²). Uma pequena parte dos alunos tem computador em casa e destes, apenas uma pequena parcela acessa a internet, sendo 90% através do modo discado. Pequena parte tem em casa, jornal diário e revistas semanais, possuem livros e dicionários que são entregues pela escola através dos programas da SEE. As famílias, em sua maioria, tem como renda familiar até 02 salários mínimos, não possuem telefone fixo, e grande parte tem telefone celular; o que para a escola dificulta muito o contato, já que em muitos casos não é concretizada a ligação, por estar “fora de área” ou número mudado. Alia-se ao fato de que a Diretoria de Ensino, no caso do valor passar de determinado número de ligações, a conta para que a escola pague sua totalidade, mesmo após ofícios relatando a realidade do local. Embora 70% dos pais e alunos tenham respondido que nunca sofreram ameaças ou violência na escola ou em seu entorno, a segurança é um dos pontos que mais preocupa as família
A escola trabalha com o Ciclo I - período da manhã, Ciclo II - período da tarde e Ensino Médio no período da noite. São 500 alunos que residem em vários bairros: Carlos Gomes, Jardim Monte Belo I, Jardim Monte Belo II, Gargantilha, Recanto dos Dourados, Área Verde, Fazenda Padre Haroldo, Fazenda Atibaia; sendo a maioria muito distante da escola, e o transporte mais utilizado- 90%, é o ônibus circular. Um pequeno percentual utiliza-se de transporte fretado; outros, que residem em área que não é servida pelo transporte público, têm benefício da Secretaria de Educação/Prefeitura Municipal que subsidia o transporte escolar para os períodos: matutino, vespertino e noturno. Existe também a parceria Secretaria da Educação/Prefeitura Municipal de Campinas para os alunos que residem a mais de três quilômetros da escola (350 alunos) que fazem o cadastro e retiram o cartão escolar na Transurc – Transporte Urbano de Campinas, e mensalmente entregam na escola para que sejam “carregados”. A partir de Março de 2010 foi oficializado o convênio Estado/Município que oferece ônibus fretado para alunos de 1ª à 4ªs séries, que estudam no período da manhã. São 490 alunos que compõem o Ciclo I, Ciclo II e Ensino Médio que estudam nos períodos da manhã, tarde e noite. 70% faz o deslocamento em até meia hora/quarenta minutos. O deslocamento até a escola é uma das dificuldades, pela realidade geográfica; condições das estradas de terra, especialmente quando chove e  na   quebra constante dos ônibus circulares. A dificuldade é estendida aos pais, funcionários, professores e gestores, aliada ao fato do desgaste dos carros próprios.
O asfalto é um antigo sonho de todos, já se circulou muitas notícias e promessas, mas até o presente momento – Abril de 2010 nada foi feito. Continuaremos a reivindicar; muitos benefícios já foram conseguidos; a construção da escola já é o maior exemplo, assim como a iluminação pública, a construção da calçada, o alambrado em volta de toda a escola, a construção de novas fossas sépticas, a reforma e ampliação  do prédio que duplicou a área construída, a quadra coberta; bem como novos equipamentos, instalações e materiais que contribuem para uma educação de qualidade.

Em 2015 tivemos um novo posicionamento:


Publicação do Diário Oficial do Município de Campinas, de 08.01.2015 - Poder Executivo,  sobre a  Lei Complementar nº 100, de 07/01/2015 que adiciona  os incisos VI e VII no Art. 74 da Lei Municipal 10.850, de 07/06/2001.

Em resumo, oficializa o que foi discutido em sessão realizada em nossa escola no ano passado, ou seja, inclui trechos de pavimentação, conforme o texto abaixo.

Muitos tiveram participação ativa nestes anos todos, mas gostaríamos de destacar a participação de Maria Ananias, a Nana, que muito tem ajudado nas questões da comunidade.


                       
Início da construção da escola em 1997

 
GESTÃO ATUAL SOLICITA AMPLIAÇÃO E REFORMA DO PRÉDIO EM 2003


A ampliação e reforma do prédio foi solicitada com finalidade de aumentar as salas de aula em retomar, construir ambientes pedagógicos. Alguns foram "perdidos" em virtude da demanda de alunos e transformaram-se em salas de aula e outros eram estritamente necessários. A área construída passou de 540 m para 1080 m, são mais 03 salas de aula, 01 sala de vídeo para 80 pessoas, 01 sala de atividades, 01 biblioteca com mais de 7.000 títulos, 01 sala de informática para 20 computadores, 01 quadra coberta, pátio interno maior com suporte de projetor multimídia, 02 banheiros dos alunos, masculino e feminino, totalmente reformados e ampliados, acessos para portador de necessidade especial, depósito de materiais, ebtre outras instalações que são imprescindíveis para uma educação de qualidade. A entrega foi em 2009.

Algumas fases do processo

Sanitários dos alunos antes e depois



Fachada antes e depois


Quadra antes e depois


Vista da escola na construção da escola e depois







EM 2015....




APÓS INAUGURAÇÃO DA AMPLIAÇÃO































SIGA COM AS NOVIDADES: