terça-feira, 22 de maio de 2018

CONCURSO OFICIAL ADMINISTRATIVO

3/4 – São Paulo, 128 (93) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I terça-feira, 22 de maio de 2018

DESPACHOS DO GOVERNADOR
DESPACHOS DO GOVERNADOR, DE 21-5-2018

No processo SE-604-17 (SPG-91.675-18), sobre abertura de concurso público para o provimento de cargos de Oficial Administrativo: "Diante dos elementos de instrução do processo, da exposição de motivos do Secretário da Educação e das manifestações das Secretarias de Planejamento e Gestão e da Fazenda, autorizo a Pasta requerente a adotar as providências necessárias para a abertura de concurso público, visando ao provimento de 167 cargos de Oficial Administrativo, em vacâncias decorrentes de exonerações, demissões, falecimentos e aposentadorias, que ocorreram após junho de 2017, observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie."

segunda-feira, 14 de maio de 2018

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FERRAMENTAS DIGITAIS

Escolas se abrem para o digital e adotam novas ferramentas e práticas pedagógicas
Dentro da biblioteca, adolescentes estudam sozinhos ou em pequenos grupos, acompanhados por livros, cadernos e dispositivos digitais portáteis — entre os quais se destaca o celular.  A poucos metros dali, na lanchonete, graças ao wi-fi com sinal de qualidade em toda a escola, a cena se repete — a única diferença é que há também alguma comida sobre as mesas. Na sala dos professores, as pessoas são mais velhas e os laptops mais frequentes, mas novamente o digital e o analógico são vistos lado a lado. “O tablet, o smartphone e o notebook convivem com o papel. Nossa realidade é híbrida”, relata Emerson Bento Pereira, diretor de tecnologia do colégio Bandeirantes.
Assim como em outras esferas da vida cotidiana, a tecnologia já se instalou definitivamente nas escolas, roubando espaço de outras mídias e formas de convivência, sem necessariamente acabar com elas. Mas a naturalidade com que hoje as tecnologias digitais e analógicas dividem espaços no Bandeirantes vem sendo conquistada aos poucos, com um esforço coletivo e intencional desde 2014, ano em que a instituição começou a implementar seu plano de se tornar uma escola digital. Para Emerson, um ponto importante da proposta para criar uma mudança de cultura foi nunca impor nenhuma medida de “cima para baixo”, o que só criaria resistências. “A tecnologia tem de servir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quando elas percebem isso, elas vão querer usar”, garante.
Na escola não faltam exemplos de como as resistências fazem parte do processo, e de como elas podem ser vencidas com tranquilidade. “Em toda implementação de tecnologia, 20% das pessoas vão gostar de cara e adotar, 20% vão detestar e reclamar. Os que reclamam estão sentindo uma dor, por isso falam mais alto. Nosso papel é acolhê-los. Mas se queremos que dê certo, não podemos deixar de ouvir os que estão na frente, inovando”, explica o diretor. Ele conta que quando o setor de tecnologia da escola passou a oferecer uma ferramenta de correção digital de provas, poucos professores aderiram. Mas os poucos que experimentaram perceberam rapidamente as vantagens e passaram a ensinar aos demais como usar o sistema. “O tempo de correção foi reduzido em dois terços. A tecnologia passou a fazer uma parte ‘chata’ do trabalho do professor. Hoje quase todos fazem a correção digital”, diz o diretor.
Mesmo os alunos, que são nativos digitais, estranharam a mudança e, no início do processo de receber as provas corrigidas apenas nos dispositivos digitais, muitos queriam voltar a receber a correção em papel. “Pedimos um voto de confiança, que dessem mais tempo para a novidade. Logo se acostumaram e ninguém mais reclama”, conta.
Mas, quando se trata de tecnologias, “se acostumar” é uma expressão que deve passar longe. A adesão a uma cultura digital acabou provocando impactos que vão muito além de proporcionar novos suportes para conteúdos didáticos. A tradicional divisão dos alunos por salas de acordo com suas notas — os “melhores” alunos ficavam na turma A, os “piores” na E — foi eliminada.
Na busca por proporcionar um aprendizado colaborativo, o Bandeirantes uniu os laboratórios de física, química e biologia em um só, e colocou grupos para trabalhar em projetos multidisciplinares de um ano de duração. E, assim, até o sistema de avaliação teve de mudar para essa nova disciplina que surgiu, chamada de Steam (Science, Technology, Engineering, Mathematics and Arts). Os alunos fazem autoavaliação, passam por uma crítica dos pares, além de receberem notas de uma banca que analisa os trabalhos. “Ano passado, o desafio era propor formas de possibilitar a vida em Marte. Os resultados são muito diversos. Teve grupo que trabalhou nas propriedades do solo para poder plantar; outro, que estudou como fazer o posicionamento de satélites”, cita o diretor.
O caminho de uma escola tradicional e de elite na capital de São Paulo ilustra o quanto a tecnologia é capaz de transformar profundamente as instituições de ensino, consideradas mais conservadoras em comparação a outros segmentos da sociedade. No entanto, o retrato brasileiro é muito diverso: nem todos seguem no mesmo ritmo, e só alguns colégios têm condições de adotar modelos mais arrojados.
Além da interferência direta nos processos de ensino-aprendizagem dentro das escolas, a tecnologia pode influenciar a qualidade da educação ao otimizar os processos de gestão ou melhorar a qualidade da formação docente. É como pensa Vera Cabral: “Na prática, a tecnologia já está formando os alunos. É hora de investir na formação de professores para o uso da tecnologia — e por meio do uso de tecnologias”. A curadora de conteúdos da Bett Educar (maior feira internacional de educação da América Latina) defende ainda que a incorporação das tecnologias está mudando a própria concepção do papel da escola. “O foco muda do acúmulo de conteúdos para desenvolvimento de competências. É uma mudança profunda de cultura que estamos vivendo”, complementa.
Sombra da desigualdade
O poder de processamento de um celular de ponta da atualidade é maior do que o dos computadores da Nasa durante a missão Apolo 11, que levou o homem até a Lua. Eles, contudo, não resolvem a questão do acesso, ainda que sejam onipresentes em quase todas as classes sociais. “Precisamos ter muito cuidado para não aprofundar ainda mais a distância que já existe”, afirma Lúcia Dellagnelo, diretora presidente do Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB). Ela defende que as escolas devem oferecer outros equipamentos aos estudantes, para que eles saibam operar diferentes tipos de dispositivos com familiaridade. “Todo estudante precisa trabalhar com as múltiplas telas. Se você falar que para uma rede é só o celular, mas para outras há tabletlaptop, realidade virtual, você cria uma nova divisão”, diz. E a conexão de qualidade é uma questão imprescindível ainda longe de ser resolvida.




sábado, 12 de maio de 2018

DIA DAS MÃES


HOMENAGEM PARA AS MÃES

Alunos preparam, com muito carinho, lembranças:







As mães assistiram vídeos, com depoimentos emocionantes:





Brincaram com os filhos:








Ouviram a música cantada por todos os alunos:



E tivemos um lanche coletivo:


terça-feira, 8 de maio de 2018

ATIVIDADES...




Jogo com números decimais




Releitura de focalização



Aula com microscópio

REUNIÃO DO GRTE


Participação do Diretor no GRTE - Grupo de Referência de Tecnologia na Educação. Pioneiro no Estado, o Grupo estuda e socializa estratégias de ensino por meio da utilização de recursos tecnológicos possíveis em escolas públicas.

Edital para Preenchimento de Vagas de Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico


DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE SUMARÉ
Edital para Preenchimento de Vagas de Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico
A Dirigente Regional de Ensino, de acordo com a Resolução SE 75, de 30/01/2014, alterada pelas Resoluções SE 3, de 12/01/2015, Resolução SE 12, de 29/01/2016; Resolução SE 59 de 04/06/2012, torna público aos interessados, que estará recebendo Projetos de trabalho para o preenchimento de vagas para os postos de trabalho de Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico Língua Portuguesa e Anos Iniciais.
I - DOS REQUISITOS DE HABILITAÇÃO PARA PREENCHIMENTO DAS VAGAS:
a) Ser portador de diploma de licenciatura plena;
b) Contar, no mínimo, com 03 anos (1095 dias) de experiência docente na rede pública de ensino do Estado de São Paulo;
c) Ser docente efetivo, mesmo que se encontre na condição de adido ou ocupante de função atividade abrangido pelo §2o do artigo 2o da LC 1010 de 01/06/07, mesmo que se encontre sem aulas atribuídas, cumprindo apenas horas de permanência na unidade escolar.

II - PERFIL PROFISSIONAL PARA O DESEMPENHO DA FUNÇÃO DE PROFESSOR COORDENADOR DO NÚCLEO PEDAGÓGICO:
Para o desempenho da função de Professor Coordenador, além das atribuições elencadas no artigo 6o da Resolução SE 75, de 30/12/2014, alterada pela Resolução SE 3, de 12/01/2015 e combinadas com o disposto no artigo 73 do Decreto 57.141/2011, o candidato deverá:

a) Conhecer as diretrizes da política educacional desta Secretaria e os projetos que vem sendo desenvolvidos;
b) Possuir liderança, habilidade nas relações interpessoais e capacidade para o trabalho coletivo;
c) Mostrar-se flexível às mudanças e inovações pedagógicas;

d) Ter habilidade no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação;
e) Cumprir carga horária de 40 (quarenta) horas semanais;
f) Ter disponibilidade para desenvolver ações em diferentes horários e dias da semana, de acordo com as especificidades do posto de trabalho, bem como para ações que exijam deslocamentos e viagens; g) Em especial, para o posto de trabalho de Língua Portuguesa - Ter conhecimento e domínio do currículo de Língua Portuguesa, conhecimento do Programa Ler e Escrever (alfabetização), bem como nos demais projetos da SEE voltados para o Ensino Fundamental (Anos Finais) e o Ensino Médio;
i) Em especial, para o posto de trabalho de Anos Iniciais - Ter conhecimento e experiência em alfabetização/Programa Letra e Vida/Ler e Escrever/EMAI/Currículo dos Anos Iniciais (Expectativas) e demais projetos da SEE voltados para o referido segmento;

III - CONSTITUEM-SE COMPONENTES DO PROCESSO DE DESIGNAÇÃO DO DOCENTE PARA A FUNÇÃO DE PROFESSOR COORDENADOR DO NÚCLEO PEDAGÓGICO:
a) No período de
09 a 30/05/2018, das 8h às 18h - entrega de projeto de trabalho (em três vias, ficando uma protocolada para o candidato e duas na D.E.) no setor de Protocolo da Diretoria de Ensino - Região de Sumaré. Endereço: Rua Luiz José Duarte, 333, Jardim Carlos Basso, Sumaré-SP.
b) Anexar em uma das vias do referido projeto a seguinte documentação: Anexo I do candidato, com tempo de serviço em dias; Curriculum Vitae do candidato, com descrição clara de sua formação e atuação profissional no magistério; Diploma e Histórico; comprovantes de participação em cursos promovidos pela SEE/ Diretoria de Ensino e/ou de outras instituições.
IV - APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO:
A proposta de trabalho deve conter as exigências definidas no Decreto 57.141/2011 (Artigo 73) e na Resolução SE 75/2014, alterada pelas Resoluções SE 03/2015 e Resolução SE 12/2016, Resolução SE 59/2012 (específica para Tecnologia) bem como os referenciais teóricos que fundamentam o exercício da função de Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico estruturada da seguinte forma:
1 - Identificação completa do proponente incluindo descrição de sua trajetória escolar e de formação, bem como suas experiências profissionais, enfatizando principalmente as experiências relacionadas à área/disciplina(s) objeto de atuação (não ultrapassar duas laudas);

2 - Justificativas e resultados esperados, com apontamento das reais necessidades da Diretoria de Ensino para qual o projeto foi elaborado, incluindo diagnóstico fundamentado por meio dos resultados do SARESP das escolas desta Diretoria ou outras avaliações externas, das Avaliações da Aprendizagem em Processo (não ultrapassar três laudas);
3 - Objetivos e descrição sintética das ações de apoio pedagógico e educacional que orientarão as equipes escolares na condução de procedimentos que dizem respeito à organização e funcionamento do segmento pretendido (não ultrapassar três laudas);
4 - Rotina de trabalho referente às ações e atividades pertinentes à função de professor coordenador, que explicite a observação, implantação e avaliação de resultados obtidos pelas escolas (não ultrapassar três laudas);

5 - Proposta de avaliação e acompanhamento do projeto e as estratégias previstas para garantir o monitoramento e execução com eficácia do mesmo (não ultrapassar três laudas).
6- Referências bibliográficas.

V - ENTREVISTA E AVALIAÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO:
a) A entrevista constará da apresentação pelo candidato (a) do seu histórico profissional e da proposta de trabalho para o posto de trabalho, objeto de sua inscrição;
b) A entrevista será dia 06 e/ou 07/06/18, na Diretoria de Ensino, conforme agendamento de horário com o candidato.

VI - DAS VAGAS
01 para PCNP de Língua Portuguesa Anos Finais/Ensino Médio 01 para PCNP Anos Iniciais
VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
1- Os candidatos deverão ter disponibilidade para atuarem nos períodos diurno e noturno, bem como participar das Orientações Técnicas nos órgãos centrais, quando convocados.
2 - A indicação do Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico será efetuada por uma comissão composta por minimamente um Supervisor de Ensino e pelo Diretor do Núcleo Pedagógico.
3 - Não poderão participar deste processo o docente enquadrado na categoria O; afastados pelo artigo 22 da LC 444/85; com aulas atribuídas de projetos.
4 - Os casos omissos serão analisados e resolvidos pela comissão responsável pelo processo.


CONCURSO DE REDAÇÃO: Cancer de pele: um ohar para a sua pele pode mudar a sua vida


segunda-feira, 7 de maio de 2018

ATITUDE EDUCAÇÃO


CURSO MATMÍDIAS


VESTIBULINHO ETEC


Todas as informações sobre o Processo estão disponíveis no site oficial do Vestibulinho no endereço www.vestibulinhoetec.com.br.
Etec Conselheiro Antonio Prado – ETECAP cursos técnicos em Biotecnologia, Meio Ambiente e Química, aos candidatos interessados em prestar apenas no final do ano, os mesmos podem fazer a prova como traineiros.

O período de inscrições será de 24 de abril até às 15 horas do dia 25 de maio de 2018, somente pelo site www.vestibulinhoetec.com.br.

ESPETÁCULO DE DANÇA


terça-feira, 1 de maio de 2018

NOVAS HABILIDADES PARA O PROFESSOR:TECNOLOGIA


Que habilidades deve ter o professor da Educação 4.0
Disponibilizar recursos e tecnologias não é garantia de que o aluno vai aprender; para isso, o professor deve ser mediador e colaborador

Por: Débora Garofalo

Estamos vivendo um momento de grandes mudanças com o avanço da Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT), robótica e programação que têm aberto novos caminhos e perspectivas para o desenvolvimento de uma aprendizagem dinâmica. Da mesma forma, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), fica determinado que as tecnologias são competência de ensino. E os professores, como ficam nessa história?
A formação dos professores é essencial para acompanhar tamanha maré de desenvolvimento. As políticas públicas deverão dar suporte para que isso ocorra, repensando o processo educacional e permitindo que criatividade e inventividade invadam as salas de aula. Com a inclusão de ferramentas digitais, o poder público precisa entender a prática docente como uma atividade transformadora cujo papel é mediar o conhecimento.
Por outro lado, é preciso que os docentes renovem suas práticas pedagógicas. Como? O professor deve ter o olhar para essa revolução, estimulando múltiplas redes de aprendizagem, permitindo uma gama de associações e de significações entre a escola e a comunidade do entorno.
Ainda que as transformações não ocorram na mesma velocidade na Educação, já é possível perceber avanços como no learning by doing, em que o aprendizado segue na mesma linha dos espaços makers – priorizando uma educação através da vivência e experimentação, resgatando o conceito de jardim da infância.
A participação efetiva de todos os atores, a fim de que a prática educativa seja revitalizada, permitindo interação e ampliação desse ambiente de aprendizagem vai contribuir para o desenvolvimento intelectual do aluno. O professor deverá ter um olhar mais profundo sobre as diferentes práticas adotadas, para garantir que o aluno seja o eixo central do processo de aprendizagem. 
Tá dominado
Para Marta Relvas, doutora em Psicanálise e membro efetiva da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, “a sala de aula passa a ser considerada o ambiente para aquisição dessas novas possibilidades tecnológicas, por meio das metodologias ativas e híbridas”. “O professor deixa de ser o detentor do saber e torna-se um colaborador da aprendizagem discente, necessitando o conhecimento de aplicativos básicos eletrônicos para ser capaz de exercer sua função”, afirma. Marta ressalta ainda que o professor também tem que dominar e usar computadores, projetores de multimídias, quadros interativos, tablets, smartphones e outros equipamentos tecnológicos tanto no seu dia a dia para estudar, quanto no processo de interação dos conteúdos das aulas. 
Nessa interação, o contato com o outro será a porta de entrada para que os alunos possam construir, descontruir e reconstruir a aprendizagem, numa espiral de conhecimento, seja com o objeto de estudo ou como o exercício da docência. A mediação pedagógica assume novo enfoque, no qual o professor exerce o papel de orientador e incentivador – tornando-se parceiro do aluno e instigando-o a compartilhar e refletir. Os desafios são grandes nessa troca e o uso de metodologias ativas se torna essencial na de resolução de problemas.
É importante deixar claro que disponibilizar altos recursos tecnológicos e ambientes virtuais de aprendizagem não garantem aos alunos uma aprendizagem efetiva. Para que tenhamos apropriação de conhecimento no processo de aprendizagem, devemos olhar para a educação integral, mediada pelo professor e pautada por uma aprendizagem rica em experimentação, envolvente e significativa. Nesse contexto, as relações socioemocionais e interpessoais possibilitarão a elaboração e reelaboração por parte de professores e alunos. Ao redefinir o papel do professor, o sucesso dos processos educacionais repousa no trabalho colaborativo e com direito à experimentação.
Para Marta Relvas, ao utilizar ferramentas tecnológicas, o professor consegue ativar o cérebro do estudante por meio de “rotas alternativas” para produção de novas conexões neuronais e aquisição do aprendizado. O ato de fazer estabelece e fortalece as interligações neurais, formando o que a neurobiologia denomina de “teia neuronal”. Em seus estudos, Marta diz que as células neuroglias são as responsáveis por esse “mosaico e citoarquitetura” do potencial de ação entre as sinapses elétricas e químicas dos neurônios da atenção e da memória, conhecidas como funções executivas e cognitivas do aprendizado. Evidências revelam por meio das neuroimagens que as metodologias ativas estimulam a base da ativação do sistema de recompensa, do interesse e prazer. Com as evidências científicas em relação aos processos da aquisição do aprendizado, educar torna-se uma tarefa complexa e que requer de seus educadores a competência e a dedicação nas práxis pedagógicas. “O maior desafio, no entanto, é planejar uma educação capaz de preparar o docente, o educando e a família para essas transformações, onde o estudante assume o protagonismo do aprendizado escolar”, afirma a professora Marta.  
O professor 4.0 deve ter percepção e flexibilidade para assumir diferentes papeis: aprendiz, mediador, orientador e pesquisador na busca de novas práticas. Ele deverá criar circunstâncias propícias às exigências desse novo ambiente de aprendizagem, assim como propor e mediar ações que levem à aprendizagem do aluno. Para isso, é preciso ter metas e objetivos bem definidos, entendendo o contexto histórico social dos alunos e as dificuldades do processo.
Citando novamente Marta Relvas, “a neurociência pode contribuir para a ação pedagógica por compreender as estruturas e o funcionamento do sistema nervoso central”. “A didática é a ciência que reconhece as metodologias e as abordagens da sistematização dos conteúdos acadêmicos escolares, e a tecnologia vem como ferramenta que permeia e ativa as curiosidades no sistema de recompensa cerebral. Portanto, pode-se considerar, que uma ciência complementa a outra e devem ser utilizadas como proposta para delinear a escola mais humanizadora que queremos para o futuro que já chegou”.
É preciso explorar os novos recursos e ferramentas, mediando o espaço entre o aluno e a informação, de forma participativa e interativa, próxima da realidade no processo de construção e reconstrução do seu conhecimento ao trabalhar com as diversas facetas do processo de aprendizagem. Porque, sim, o futuro já chegou.
Débora Garofalo é professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da Nova Escola. 
Marta Relvas é bióloga, Dra e Ms em Psicanálise, neuroanatomista, neurofisiologista, psicopedagoga e especialista em Bioética. Tem certificado de Reggio Emília Study Abroad Program na Itália e Title in Education Neurosciences and childhood and adolescence learning of Erasmus+ University – Europe – Portugal. É Membro Efetiva da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, e da Associação Brasileira de Psicopedagogia RJ. Autora de livros e DVDs sobre Neurociência e Educação pela Editora WAK e Editora Qualconsoante de Portugal. Professora Universitária da AVM Educacional/UCAM, UNESA – RJ, Universidade de João Pessoa – UNIPE, e Professora Pesquisadora convidada no curso de Pós-graduação de Neurociência do IPUB/ UFRJ. Coordenadora do Programa de Pós-graduação de Neurociência Pedagógica na UCAM/AVM Educacional.