quarta-feira, 25 de setembro de 2019

ALÉM DO HORIZONTE



Os dois horizontes

Dois horizontes fecham nossa vida:

Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro, —
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.

Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais.
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.

Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.

No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.

Que cismas, homem? — Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? — Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.

Dois horizontes fecham nossa vida.

Machado de Assis

terça-feira, 24 de setembro de 2019

APU - AVALIAÇÃO EM PROCESSO DO UACURY

   Avaliação em Processo Uacury - APU. Questões elaboradas através das competências e Habilidades que constam no Currículo Oficial nas disciplinas de ARTE, CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO FÍSICA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA e INGLÊS. Já que paraPortuguês e Matemática, já existe a AAP- Avaliação em Processo. Muito mais do que conceitos do aluno; os professores tem um diagnóstico das potencialidades e fragilidades dos alunos. Podem rever sua metodologia e dinâmicas utilizadas. Utilizando-se, por exemplo de agrupamentos produtivos.



Com professores ministrando aulas e obtendo devolutivas  através das AAPs e APUs é possível, pensar em planejamentos que envolvam práticas inovadoras através de METODOLOGIAS ATIVAS, APRENDIZAGEM POR PROJETOS, AULA INVERTIDA, APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS. 
Nossa escola tem uma boa estrutura que permite boas práticas. É necessário que professores pesquisem, planejem e obtenham suporte dos gestores.Todos tema ganhar.

Depois, a fase mais importante é analisar os dados, conferir com alunos, estabelecer ações que possam minimizar dúvidas, e que se estabeleça uma inter-relação entre as habilidades e competências diagnosticas nas AAPs e APUs, para que seja desenvolvido um trabalho interdisciplinar

OBMEP 2019 - CLASSIFICADOS PARA A SEGUNDA FASE



A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC.


Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais:


- Estimular e promover o estudo da Matemática;
- Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade;
- Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas;
- Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional;
- Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas;
- Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.


O público-alvo da OBMEP é composto de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até último ano do Ensino Médio. Em 2018, mais de 18 milhões de alunos de participaram da olimpíada.










QUINTOS ANOS VÃO AO ZÔO PARQUE

Neste último sábado, dia 21/09, os quintos anos A e B foram para estudo do meio, no Zôo Parque em Itatiba. Agradecemos imensamente a Parceria do ROTARY CLUB / NORTE - CAMPINAS, por mais uma vez contribuir com nossos alunos. Além do ônibus, ingressos, monitoria, um saboroso lanche para cada um de nossos alunos

A escola agrade também o tempo dedicado aos aos nossos alunos, pelas Professoras Danielle Mecatti, Izabel Arcas e a Coordenadora Maria Alice Araújo.

Foi um grande dia, com atividades que serão contextualizadas em aula e depois os alunos farão uma redação, onde o vencedor e seus pais serão homenageados em Jantar na sede do Clube Rotary.















sexta-feira, 20 de setembro de 2019

MAIS UMA VEZ O BAZAR FEZ SUCESSO

Voluntariamente, funcionários da escola, em especial a Cuidadora Cida, Os Agentes Silvia e Roberto, promoveram o Bazar, que aconteceu durante a Reunião de Pais e Mestres.



ALUNOS VÃO AO ZÔO PARQUE ITATIBA



O Zooparque Itatiba tem 500 mil m² de área verde e grande parte está inserida em um fragmento de Mata Atlântica e, por isso, é um ambiente cheio de recursos naturais, com belas paisagens e trilhas, nossa prioridade é a qualidade de vida e bem-estar dos animais.

Ou seja, excelente oportunidade para atividade extra curricular, com temas que serão abordados posteriormente em aula.

MMR - HÁBITOS DE ESTUDO

Alunos do 7º Ano, reforçaram os conteúdos que foram discutidos em reunião de pais, e que tem ação de alunos da tarde, serem monitores dos alunos da manhã, para que assimilem como estudar em casa.

Abaixo, o gráfico, que formaliza as discussões ocorridas em aula, e que serão aproveitadas e contextualizadas nas aulas que envolvem gráficos, tabelas, comportamento educacional, autonomia, entre outros. 


SETEMBRO AMARELO

Setembro Amarelo é o mês, cuja campanha, simboliza  a prevenção ao suicídio. No Brasil, ela foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A ideia é associar à cor o mês que marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro). Ao longo dos últimos anos, muitos têm se envolvido neste movimento, que hoje é reconhecido por todo o Brasil. Monumentos como o Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaray (DF), o Estádio Beira Rio (RS) e o Elevador Lacerda (BA), já participam da campanha.


Os alunos do 5º Ano "B"  marcaram a data com um trabalho da Professora Daniella.


DIA MUNDIAL DA LIMPEZA

Amanhã, 21 de Setembro é DIA MUNDIAL DA LIMPEZA, 



Milhões de pessoas em 150 países e também aqui no Brasil vão realizar mutirões para limpar seus países e chamar a atenção para o problema do descarte irregular de lixO.

Hoje, alunos do 5º ano "A", deram o exemplo, e participaram da ação proposta pela Professora Izabel.















Parabéns!!

terça-feira, 10 de setembro de 2019

SAEB



O SAEB - Sistema de Avaliação do Ensino Básico será realizado no dia 25/10/19 para nossos 5ºs e 9s anos. O Diretor já respondeu o formulário eletrônico.









domingo, 1 de setembro de 2019

TELEJORNAL NA APRENDIZAGEM

Professora cria telejornal para trabalhar com escrita e oralidade

Refletir sobre a oralidade é tão importante quanto aprender a escrita. A escola precisa pensar em ambas, que são partes de um mesmo fenômeno: a língua

alar é tão natural que a gente esquece que existe uma série de aprendizados necessários para se comunicar de maneira eficaz. Tradicionalmente, a escola olha pouco para esse campo da linguagem, mas a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) colocou a oralidade com um módulo de aprendizagem específico. Essa questão preocupa a professora Mariana Nery, regente de turmas do Ensino Fundamental I da Escola Camões-Pinochio, no Rio de Janeiro. No ano passado, Mariana foi selecionada com 96 outros professores para formar o Time de Autores de NOVA ESCOLA, que criou 1,5 mil planos de aula de Língua Portuguesa, disponíveis gratuitamente no site novaescola.org.br/planos.
Uma das sequências didáticas feitas por Mariana era sobre oralidade: três planos de aula para o 2º ano que giravam em torno de um jornal falado, cuja forma mais comum é o telejornal, no qual os apresentadores de tevê informam o público partindo de textos escritos. Gestos, entonação, cenários e imagens de apoio são elementos que compõem um jornal falado, dando ao professor uma ocasião para explorar a linguagem verbal e não verbal. Mariana acredita – e a BNCC corrobora – que o trabalho com gêneros orais deve começar cedo. Mas é comum que os estudantes tenham algum contato com os gêneros orais como objetos de estudo só mais tarde. Esse era o caso dos alunos do 4º ano que ela recebeu em 2019, e que nunca tinham feito um trabalho sistemático sobre linguagem oral. Então, Mariana viu uma boa oportunidade de aplicar o plano que ela mesma tinha criado, com algumas poucas adaptações. “Pensei num jornal falado para reproduzir algo que já fizesse parte do dia a dia deles, porque um telejornal, a maioria já teve oportunidade de assistir”, conta a professora. Durante uma semana, a docente abriu espaço no planejamento para desenvolver a sequência. 
Primeiro, propôs que as crianças conhecessem melhor o gênero. Como ela imaginava, a maioria dos alunos costumava assistir telejornais em casa, e sabia, em linhas gerais, suas características. À medida que os alunos falavam, a professora fazia perguntas que os provocavam a refletir sobre o tema: como a notícia é transmitida? Quantas pessoas apresentam o jornal? Elas falam do mesmo modo que falamos no dia a dia?
Em seguida, exibiu um trecho do Jornal Hoje, da Rede Globo, e fez perguntas sobre as notícias transmitidas, o apresentador, no que a fala dele se diferenciava de uma conversa informal. No fim, os alunos se reuniram em grupos para organizar um breve texto, a ser apresentado oralmente, sobre os telejornais e suas características. “Agora, independente da disciplina, eles querem no final da aula colocar oralmente a síntese do que foi trabalhado. Nem consigo deixar todos falarem porque a gente não tem tempo hábil para todo mundo”, comemora. Mas isso foi só o começo. Nas aulas seguintes, a missão dos estudantes foi planejar e gravar um jornal falado. Nesses pontos, Mariana adequou alguns passos do plano à idade dos alunos. Basicamente, aproveitou que os mais velhos possuem maior autonomia para que eles pesquisassem, sem a necessidade de sugestões, as notícias que queriam dar. Também foi possível ajustar detalhes mais ligados à comunicação não verbal, como gestos, entonação de voz etc.
Com a sala dividida em grupos, era hora de trabalhar na construção do roteiro, explorando as relações entre oralidade e escrita. Com base em reportagens pesquisadas previamente, os alunos reescreveram a notícia destacando os pontos principais para elaborar as manchetes. Depois, criaram os próprios textos. “No texto falado, não dá para alongar muito e é preciso se concentrar naquilo que vai gerar mais interesse”, diz Mariana. No dia da gravação, a turma improvisou um estúdio de tevê na sala: juntou carteiras para formar a bancada, posicionou o celular da professora para a filmagem e preparou até figurino para os apresentadores, que se revezaram na leitura das notícias sobre o que de mais importante aconteceu na escola e fora dela nos últimos dias.
Dois modos, a mesma língua
Uma das vantagens da opção de Mariana pelo jornal falado é a oportunidade de se quebrar a falsa dicotomia entre fala e escrita. No livro Fala e Escrita, coletânea organizada por Luiz Marcuschi e Ângela Dionísio, os autores mostram que não faz sentido desprestigiar a oralidade como algo cheio de incorreções, ou mesmo como um sistema independente da escrita. Eles lembram o óbvio: falamos mais do que escrevemos, e tanto a fala quanto a escrita possuem as suas finalidades. “Ambas têm um papel importante a cumprir e não competem. Cada uma tem sua arena preferencial, nem sempre fácil de distinguir, pois são atividades discursivas complementares. Em suma, oralidade e escrita não estão em competição. Cada uma tem sua história e seu papel na sociedade”, escrevem os pesquisadores na introdução. 
A fala humana é uma condição inata. Quase todo mundo, um belo dia, fez a família se derreter ao pronunciar um desajeitado “mama” ou “papa” e foi aos poucos ampliando o vocabulário, articulando melhor os sons, até chegar ao ponto em que tudo fica ao alcance das palavras. “O aluno já sabe falar com propriedade a língua materna quando entra na escola. E essa fala influencia a escrita, sobretudo no período inicial da alfabetização”, lembra Tânia Rios, formadora do Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma das especialistas que participaram da construção dos Planos de Aula NOVA ESCOLA.
Além disso, a pesquisa na área de linguagem avançou no estudo dos gêneros orais e da forma como eles podem ser desenvolvidos na escola. Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz são autores sempre citados nesse campo. O pesquisador Luiz Travaglia, da Universidade Federal de Uberlândia, em um artigo intitulado Gêneros Orais - Conceituação e caracterização, catalogou dezenas de gêneros divididos em 13 esferas (no quadro ao lado, você encontra os gêneros que merecem prioridade na aula, segundo o autor). “Com uma seleção criteriosa do que for trabalhado, o aluno terá um progresso muito grande. Observe que a exposição oral vai servir para muita coisa: respostas dos alunos em sala de aula, apresentação de trabalhos, exposição de conhecimentos em geral, apresentação de trabalhos acadêmicos entre outros e mesmo na conversação diária”, explica o pesquisador. “A tradição da escola é trabalhar a língua escrita, e os professores ainda têm alguma dificuldade para trabalhar o oral, até porque só agora começam a aparecer mais estudos sobre o assunto”, completa. Aos poucos (com um empurrãozinho da BNCC) professores como Mariana entendem com mais profundidade a importância da oralidade. Quanto aos alunos, estes vão falar cada vez mais – e não será por pura bagunça.
DÁ O QUE FALAR NA ESCOLANem todo gênero oral cabe no currículo. Luiz Travaglia recomenda priorizar os mais formais e pouco praticados no cotidiano
Exposição oralInclui seminários, palestras e apresentações de trabalhos em geral. É o gênero mais praticado na escola e muito presente no Ensino Fundamental II - mas pode (e deve) ser desenvolvido desde cedo.
DebateTanto a modalidade deliberativa (quando se busca chegar a uma decisão ou consenso) quanto a opinativa (no confronto de posições diversas, como debates televisivos) devem ser praticadas e estimuladas na rotina.
Entrevista Além da forma oral, o gênero abre espaço para discussões sobre a transformação de uma fala em um texto escrito, que pressupõe o uso de outras estratégias discursivas.
NotíciasTelejornais, como os analisados pela professora Mariana, configuram o inverso da entrevista: são textos orais que incorporam estratégias comunicativas da fala.
Discurso e dramaturgiaGêneros como o discurso em várias situações (não apenas na política) e o teatro (texto feito para ser encenado pelos atores) também rendem reflexões sobre a relação entre fala e escrita.
Fonte: Luiz Travaglia (Universidade Federal de Uberlândia)